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Justiça mantém prisão de diretor de escola investigado por armazenar e distribuir imagens de abuso e exploração sexual infantil em MT

A Justiça de Mato Grosso manteve, após audiência de custódia nessa quinta-feira (31), a prisão de Elson Bosco Ojeda, de 48 anos, diretor e professor de história em uma escola de Cuiabá. A decisão foi assinada pelo juiz Geraldo Fernandes Fidelis Neto, do Núcleo de Audiências de Custódia de Cuiabá.

(CORREÇÃO: A reportagem errou ao citar que o diretor também estaria sendo investigado por abuso sexual ocorrido em 2019. Na verdade, um caso de abuso ocorrido naquele ano foi usado para embasar a decisão da Justiça que manteve a prisão do diretor. A informação foi corrigida às 16h15)

A reportagem procurou a defesa do investigado disse que não irá se posicionar.

O diretor havia sido preso durante a manhã de quinta, durante a Operação Lobo Mau, do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) de São Paulo, que afirma que o diretor produzia, armazenava e compartilhava imagens de abuso e exploração sexual infantil.

A pena do investigado é prevista para ser entre 1 e 4 anos, mas pode ser aumentada de acordo com a quantidade e gravidade dos materiais encontrados. Ao todo, foram apreendidos 13 HDs.

No mesmo dia, o Governo de Mato Grosso determinou o afastamento do diretor de uma escola da capital.

Em nota, o governador em exercício, Otaviano Pivetta, disse que esse é um crime absurdo e determinou a adoção imediata das medidas necessárias para o afastamento do servidor. “Uma pessoa que pratica esse tipo de crime, que causa mal a nossas crianças e adolescentes, tem que ser punida com todos os rigores da lei”, disse.

Operaçã Lobo Mau

 

Os mandados de prisão foram cumpridos em Cuiabá e em Tangará da Serra, a 242 km de Cuiabá. — Foto: Ministério Público de Mato Grosso

Na quinta-feira (31), o diretor e um jovem de 19 anos foram presos em flagrante pela Polícia Civil durante a Operação Lobo Mau. Eles são investigados por fazer parte de um grupo envolvido na produção, armazenamento e compartilhamento de imagens de abuso e exploração sexual infantil

Segundo as investigações, os suspeitos adultos entravam em contato com as crianças e adolescentes, por plataformas digitais. Os suspeitos induziam as vítimas a produzir conteúdo de nudez, e até mesmo de sexo e depois consumiam e distribuíam o conteúdo em grupos fechados e de jogos.

Ao todo, 94 mandados de busca e dois de prisão estão sendo cumpridos em 20 estados, além do Distrito Federal.

A operação foi deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) de São Paulo e contou com o apoio da Delegacia de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente, Politec e Delegacia da Mulher de Tangará da Serra.

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