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Justiça manda soltar alvos de operação que cobravam propina para fornecer água encanada a moradores de Várzea Grande (MT)

A Justiça determinou, nessa quinta-feira (26), a soltura dos investigados na Operação Gota D’água, que investiga fraude e corrupção, instalada na diretoria do Departamento de Água e Esgoto de Várzea Grande (DAE-VG). Entre os envolvidos, está o vereador e candidato à reeleição Pablo Pereira (UB).

Pablo foi preso e afastado do cargo por determinação da Justiça, na sexta-feira (20), mas a Justiça revogou a prisão do vereador na segunda-feira (23). Além dele, outras oito pessoas foram presas e cumpriam prisão domiciliar.

A Justiça havia mantido a prisão preventiva do parlamentar, que passou por audiência e foi encaminhado para uma cela especial no presídio da Mata Grande em Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá, por ser advogado e ter direito ao benefício.

A decisão foi publicada pelo desembargador Orlando de Almeida Perri, que acatou um pedido de habeas corpus feito pela defesa dos investigados. Segundo a decisão, a prisão preventiva não era mais necessária para garantir a ordem pública ou a aplicação da lei, já que os investigados não ocupam mais cargos de liderança no órgão público.

Além da soltura, o desembargador determinou que os investigados:

  • Estão proibidos de sair da cidade;
  • Proibidos de acesso a todo e qualquer prédio público do município de Várzea Grande e às dependências do DAE/VG;
  • Proibidos de contato com os demais investigados, por celular ou redes sociais;
  • Devem comparecer em juízo periodicamente;
  • Entreguem os passaportes;
  • Usem de tornozeleira eletrônica

Além de Pablo Pereira, foram beneficiados com a decisão outras 10 pessoas, entre elas o Coordenador comercial do DAE, Mário Sales Rodrigues Júnior e o diretor comercial do órgão, Alessandro Macaúbas Leite de Campos.

A reportagem tenta contato com a defesa dos citados.

Operação Gota D’Água

 

Vereador Pablo Pereira (UB) preso por cobrar propina para fornecer água encanada a moradores de Várzea Grande é solto. — Foto: Reprodução

O esquema, segundo a polícia, gerou um prejuízo de mais de R$ 11 milhões ao município, desde 2019. Os crimes eram de conhecimento do chefe do setor, que é apontado como um dos líderes da organização criminosa, junto com o vereador.

A polícia informou que a operação identificou diversas situações em que foi dificultado o acesso dos moradores à ligação de água, com problemas artificialmente criados, além da cobrança de propina para realizar serviços aos moradores que era de obrigação do Departamento, como a ligação para água encanada.

mtmais

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