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Crime ocorreu em agosto de 2022, em Primavera do Leste. Conforme o laudo, Antônio Anderson Ferreira Lima é portador de esquizofrenia e, por isso, foi recomendada a internação do acusado por tempo indeterminado. Ele foi absolvido por ser inimputável.
A Justiça determinou a internação por tempo indeterminado de Antônio Anderson Ferreira Lima, de 34 anos, que esfaqueou a agente comunitária Regy Rouse Lopes de Oliveira, de 51 anos, e a médica Jaqueline Matos da Croce, de 31 anos, em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), em Primavera do Leste, a 239 km de Cuiabá, em agosto de 2022.
A decisão é do juiz Alexandre Delicato Pampado, da 1ª Vara Criminal de Primavera do Leste, e foi emitida no dia 26 de setembro. Segundo o magistrado, o caso não cabe recurso, pois já teve o trânsito em julgado.
Em nota, a Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp-MT) informou que o sentenciado está preso em uma unidade prisional do interior do estado e deverá ser transferido para a unidade de internação que a Secretaria de Saúde indicar.
Conforme o laudo de um perito oficial médico legista, Antônio é portador de esquizofrenia e, por isso, foi recomendada a internação do acusado por tempo indeterminado.
Absolvição
Conforme decisão, Antônio foi absolvido do crime, por ser inimputável, ou seja, uma pessoa que não pode ser responsabilizada por seus atos criminosos devido a uma incapacidade de compreender a ilegalidade dos atos ou de se comportar de acordo com essa compreensão.
Ainda de acordo com o documento, foi julgada improcedente a denúncia contra Antônio e, por consequência, houve absolvição.
“É notória a periculosidade do réu, pois em um acesso inesperado de fúria provocado por fatores ignorados acabou exterminando uma pessoa (Regy Rouse) e lesionando gravemente outra que, inclusive, estava gestante (Jaqueline) e diante do estado grave foi submetida a cirurgia de emergência e permaneceu internada alguns dias na UTI para restabelecimento da sua saúde”, diz trecho do documento.
Reconhecimento do crime
Na decisão também consta que o magistrado reconhece o crime e diz que os indícios de autoria criminosa constam nos depoimentos testemunhais obtidos no curso da instrução processual. Além disso, Antônio também confessou ter esfaqueado ambas as vítimas.
O juiz relembrou ainda que com a absolvição sumária imprópria de Antônio, é necessário que seja aplicada uma medida de segurança, já que o crime cometido por ele é apenado com pena de reclusão. Foi determinada a internação do acusado, por tempo indeterminado.
Relembre o caso
O crime aconteceu no dia 25 de agoto de 2022. Jaqueline trabalhava na unidade, quando o morador entrou no consultório com uma faca, enquanto uma paciente deixava a sala, e atacou a médica, que está grávida.
Uma testemunha invadiu a sala e, com uma mesa, conseguiu interromper as agressões, ainda conforme a polícia. Depois, a agente entrou no consultório, segundo o delegado, e também foi esfaqueada.
Ele foi preso e prestou depoimento à Polícia Civil na manhã seguinte (26). O crime foi planejado pelo autor por não concordar com o atendimento que a médica dava a ele, conforme o delegado responsável pelo caso.
O homem estava em um surto psicótico, segundo a PM.
Jaqueline deve deixou a UTI quatro dias após o atentado. Ela apresentou apresentou melhora no estado de saúde e, segundo o irmão, o médico cardiologista Leandro Croce, o quadro de saúde dela evoluiu bem.
A gente Regy não resistiu e morreu. Ela foi sepultada na sexta-feira no dia seguinte ao crime, em Poxoréu.
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