Após ser diagnosticada com um câncer estágio 4 na região do estômago e ter desenvolvido ascite, Linda Inês de Souza Silva, de 25 anos, realizou a cirurgia de implante de um cateter permanente, que permite drenar o líquido acumulado no abdômen, em Porto Alegre (RS), depois de ter sido informada que não havia o tratamento em Mato Grosso.
Linda relatou que, devido à inserção do cateter, agora ela tem uma qualidade de vida melhor. Na época em que o caso de Linda foi divulgado, ela contou que uma das coisas que mais a incomodava era não conseguir brincar com a filha, de 3 anos, mas, com a cirurgia, agora ela pode proporcionar um tempo de qualidade para a menina.
“Eu sentia dor o tempo todo, não podia fazer nada e não conseguia brincar com a minha filha, mas agora eu não sinto mais dores e finalmente consigo dar mais atenção para minha menina. Depois da cirurgia estou com outra qualidade de vida e não tenho mais nenhum problema”, disse.
Durante a entrevista, a paciente informou que conseguiu arrecadar mais de R$ 15 mil, depois que o caso foi divulgado, para arcar com os custos da viagem, internação e a cirurgia. Entretanto, o valor ainda foi insuficiente para pagar todos os gastos.
“O valor da passagem estava muito caro, então eu ainda tive que desembolsar mais de R$ 2 mil para pagar o voo do meu acompanhante, que no total deu mais de R$ 6 mil só em bilhete aéreo. De toda forma, graças a Deus deu tudo certo, sou grata a cada uma das pessoas que me ajudou, se não, eu não teria conseguido. Não sei porque não fiz a cirurgia antes, ela mudou a minha vida”, explicou.
Antes da cirurgia, devido à ‘barriga d’água, Linda fazia drenagem uma vez por mês em Cuiabá, já que os médicos consideravam o procedimento muito invasivo, no entanto, o desconforto permanecia até que o próxima sessão fosse realizada, já que o líquido voltava a acumular em quatro dias. Agora que Linda já está operada, ela consegue fazer a drenagem sozinha, a cada três dias.
“Estou fazendo a retirada de dois litros de líquido a cada três dias, que foi o recomendado pelo médico, mas tem dias que espero mais, já que agora a barriga não enche mais rápido como antes. Depois que retiro o líquido eu geralmente fico um pouco fraca e preciso me alimentar, mas logo melhora, tanto que a minha dieta nem mudou”, contou.
À Linda, os médicos que acompanham o caso dela informaram que a inserção do cateter é o procedimento mais indicado para as pessoas diagnosticadas com ascite e que o único risco existente é caso ocorra uma infecção.
“Com relação aos cuidados médicos, foi frisada a importância da higienização, já que uma infecção pode ser fatal. O dreno não necessita de manutenção e nem nada, é só manter limpo mesmo e realizar as drenagens”, concluiu.
A assistente de compras Linda Inês de Souza Silva, que mora em Cuiabá, tem apenas 25 anos e foi diagnosticada com um câncer estágio 4 na região do estômago, quando fez uma consulta para tratar gastrite.
Com o tempo, Linda também acabou desenvolvendo ascite – inchaço abdominal causado por acúmulo de líquidos. Ela precisava de uma cirurgia de implante de um cateter permanente para realizar a drenagem, mas em Mato Grosso não há o tratamento.
A assistente contou que sempre teve problemas no estômago, mas não imaginava que seria câncer.
“Bati o pé para rever todos os meus exames anteriores, que foi quando ele me pediu a primeira biópsia e veio a suspeita do câncer”, relatou.
Linda também contou que a ‘barriga d’água’, dificulta a respiração e causa muita dor. Por esse motivo, a assistente teve que parar de trabalhar e passava a maior parte do tempo deitada, para aliviar o desconforto.
*Estagiária sob supervisão
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