O senador Jayme Campos defendeu que o ex-presidente do União Brasil, Luciano Bivar, seja expulso do partido. Ele é suspeito de ser o mandante de um incêndio criminoso que ocorreu na casa da família do presidente eleito do União, Antônio Rueda.
Jayme comparou a relação entre os presidentes a uma guerra e considerou que o União Brasil é prejudicado politicamente pela tensão interna e pelas acusações.
“Eu assinei o documento para que ele responda, acho mais do que justo. Ele tem que dar uma satisfação. Demos um prazo de cinco dias para que ele responda o questionamento feito pela executiva e, caso contrário, o partido pedirá sua expulsão”, disse.
“Esse confronto é quase uma guerra beligerante. Isso é muito ruim partidariamente, porque tem denúncias de ambas as partes. Não sabemos como a briga vai terminar”, considerou.
O senador considera que Bivar polemizou a situação por se considerar isolado do grupo, que o excluiu do debate sobre as eleições do diretório nacional.
O senador acrescentou que a rusga interna piorou por causa da antecipação do processo eleitoral do União, pois Rueda foi eleito presidente em fevereiro, mas só assumirá em junho, o que chateou Bivar.
“Eu não acredito [no envolvimento de Bivar]. Imagino que um homem à altura de Bivar, que foi deputado por quatro mandatos e é abastado financeiramente, não chegue a esse ponto”, disse.
“Talvez [o atrito] tenha sido mal encaminhado, porque o mandato do Bivar vence em maio. Fizeram uma antecipação da eleição executiva do União Brasil e excluíram o Bivar, que com certeza ficou chateado e, até certo ponto, revoltado, causando um mal-estar. Isso foi levado à público”, acrescentou.
O que aconteceu?
A casa de Antônio Rueda pegou fogo na segunda-feira (11) e, conforme a Secretaria de Defesa Social (SDS), o incêndio teve origem criminosa.
Além da investigação promovida pelo União Brasil, Bivar deverá responder a uma representação criminal protocolada no Supremo Tribunal Federal (STF) pela defesa de Rueda, que alega ter indícios do envolvimento dele com o incêndio.
