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Interventora afirma que falta de gestão e controle gerou R$ 8 mi de prejuízo na Saúde de Cuiabá I Mato Grosso

A intervenção estadual na Saúde de Cuiabá informou que o montante de medicamentos vencidos descartados nesta segunda-feira (9) custou R$ 8 milhões aos cofres públicos.

O descarte de 6,7 milhões unidades de medicamentos e insumos vencidos foi feito no Centro de Distribuição de Medicamentos e Insumos (Cdmic), em Cuiabá. Eles foram comprados pela Gestão Emanuel Pinheiro (MDB), período anterior à intervenção.

A interventora Danielle Carmona disse que o vencimento dos itens só ocorreu por conta da má gestão da administração Emanuel.

Segundo ela, quando deu início aos trabalhos no Gabinete de Intervenção, 85% dos medicamentos não estavam inventariados, ou seja, não se sabia a quantidade e tampouco o vencimento dos remédios em estoque.

“Há falta de gestão e também de planejamento. Total falta de controle. Desde 2021, não foi feita uma gestão atuante na assistência farmacêutica, tanto que quando nós assumimos, o sistema tinha o controle totalmente furado. Mais de 85% de desorganização dos itens. E isso gera medicamentos vencidos”, disse.

“É uma quantidade muito grande, tem mais de um milhão e meio de comprimidos de paracetamol, entre outros medicamentos de uso controlado, equivalente a R$ 8 milhões”, completou.

O descarte abrirá espaço no Cdmic para que possa haver a compra e o armazenamento de mais medicamentos e itens essenciais a saúde pública da Capital.

“Estamos fazendo isso hoje e vai liberar muito espaço, porque são 6,7 milhões de itens de medicamentos e insumos. […] Existe um planejamento para realizar novas compras. Antes era feita a cada dois meses. Liberando esses espaço, praticamente todos os dias chegarão medicamentos e a gente poderá trabalhar com estoque para 90 dias”, disse.

 

Descarte

O descarte foi feito após o Gabinete de Intervenção entregar um relatório ao Ministério Público do Estado (MPE).

Parte destes medicamentos e insumos, com vencimento em 2019 (250.093 itens), 2020 (3.079.702 itens) e 2021 (1.535.997 itens) estavam estocados sob justificativa de serem objeto de apuração realizada da Comissão Parlamentar de Inquérito da Câmara Municipal de Cuiabá, a CPI dos Medicamentos.

No montante, também há 1.841.277 medicamentos e insumos que venceram em 2022, após a CPI dos Medicamentos, e que não estavam em apuração, o que mostra que os medicamentos continuaram vencendo em grande quantidade.

O Noroeste

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