Dentre os fatores que podem ter influenciado o caso, está a diminuição de 45% das chuvas e o aumento das temperaturas no final do ano passado.
Mais de três mil pequenas e médias propriedades rurais de Cáceres, a 250 km de Cuiabá, tiveram 40% delas destruídas por lagartas das espécies colo e cartucho, ambas muito comuns em lavouras de milho, segundo Jackson Ferreira, agrônomo da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer).
“Nós estamos vivendo um período de desequilíbrio ambiental causado principalmente pelo fogo no pantanal”, diz o agrônomo.
Ele destaca que o momento de desequilíbrio ambiental é motivado principalmente pelo fogo no pantanal e o crescimento do cultivo de milho pelos pecuaristas para uso do cereal na silagem do gado, aumentando a incidência da praga nas plantações.
De acordo com o relatório feito pela Empaer, entre agosto e janeiro de 2023, um outro fator que agravou a infestação pode ter sido a diminuição de 45% das chuvas e o aumento das temperaturas no final do ano passado.
A destruição das pastagens em grande escala levou o prefeito de São José dos Quatro Marcos, a 343 km da capital, Jamis Silva Bolandin (União Brasil), a emitir dois decretos de situação de emergência, visando conter os impactos sobre a comunidade local.
O primeiro decreto foi emitido por causa da infestação e o segundo pelas condições climáticas extremas da região, como estiagem, seca e ondas de calor.