A produção industrial mato-grossense teve o segundo melhor desempenho do Brasil em novembro de 2024, em comparação ao mesmo mês de 2023, conforme a Pesquisa Industrial Mensal (PIM) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada nesta terça-feira (14.01).
Segundo os dados do PMI, o crescimento de Mato Grosso foi de 15,2%, perdendo apenas para o Pará. Dos 15 Estados analisados, 9 tiveram queda na produção da indústria.
O desempenho de Mato Grosso também foi positivo no acumulado de janeiro a novembro de 2024 com alta de 4,9%. Nos 12 meses anteriores a novembro, o acumulado foi de 4,8%. Já em comparação com o mês anterior, o percentual da produção foi igual.
Setores, como o de biocombustíveis, crescem em ritmo acelerado. As empresas estão apostando forte no etanol de milho e no processamento de óleo de algodão. Apesar das indústrias investirem em qualificação e na inserção de pessoas no mercado de trabalho formal, um dos maiores desafios do setor industrial em Mato Grosso continua a ser a escassez de mão de obra.
“Em quatro anos, as indústrias de Mato Grosso saíram de 154.854 trabalhadores contratados com carteira de trabalho assinada para 191.119 em 2024. Temos mais indústrias chegando no Estado como a Belarina Alimentos, de produção de farinha de trigo, prevista ainda no primeiro semestre deste ano, em um investimento de R$ 10 milhões”, comentou o presidente da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), Sílvio Rangel.
O secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, César Miranda, apontou que as políticas públicas do Governo do Estado, como os incentivos fiscais, contribuíram para o crescimento industrial do Estado.
De acordo com o Relatório de Desempenho dos Incentivos Fiscais da Sedec, a cada R$ 1 real de renúncia fiscal, via programas de incentivos fiscais, o investimento das empresas no Estado foi de R$ 3,97.
“Os programas de incentivos fiscais são ferramentas estratégicas que fortalecem nossa economia, permitindo que as empresas de Mato Grosso sejam mais competitivas, tanto no mercado interno quanto no internacional. Isso se traduz em desenvolvimento econômico, mais oportunidades de emprego e crescimento sustentável para o nosso Estado. Vemos os efeitos positivos dessa política fiscal na prática, com avanços concretos na geração de investimentos e na melhoria da competitividade dos nossos produtos. O desenvolvimento de Mato Grosso é uma construção coletiva”, avaliou.
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