Uma idosa de 94 anos foi resgatada em situação de trabalho doméstico análogo à escravidão, após 64 anos trabalhando na casa de uma família, em Cuiabá. A fiscalização foi realizada por auditores-fiscais, Polícia Civil, Polícia Federal, Ministério Público do Trabalho (MPT) e Assistência Social do Município, na terça-feira (20), e divulgada nesta quinta-feira (29).
A ação foi deflagrada por uma denúncia anônima, que informou que a idosa vivia no local como cuidadora da dona da casa, de 90 anos, adoecida com Alzheimer. Durante a fiscalização, foi possível comprovar os fatos citados na denúncia.
De acordo com a Superintendência Regional do Trabalho de Mato Grosso (SRTE), foi possível constatar que a vítima viveu nas seguintes condições:
Ainda, segundo a fiscalização, foi retirada da idosa a chance de constituir sua própria família, tanto que a resgatada se refere aos filhos e netos da patroa como se fossem dela. Ela se recusou a sair do local, alegando que não poderia deixar a patroa sozinha, se referindo a ela como irmã.
Após a inspeção no local, os dois filhos da patroa foram notificados para comparecer à SRTE, eles assinaram um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) nos seguintes termos:
Ao final do TAC ficou acertado que todas as obrigações devem ser confirmadas com prestação de contas anual, que deve ocorrer todo mês de dezembro, a partir de 2024. O descumprimento acarretará em aplicação de multa no valor de R$ 20 mil por item descumprido e multa diária de mil reais entre o descumprimento e a regularização.
O caso está sendo acompanhado pela equipe do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e pela assistência social de Cuiabá.
De acordo com a SRTE, foram realizadas ações contra trabalho escravo e tráfico de pessoas em espaço rural, doméstico, indústria e comércio com base em denúncias recebidas nos anos de 2023 e 2024. As fiscalizações ocorreram em duas semanas de atividades com atendimento de 11 casos no total, nos municípios de Guarantã do Norte, Tabaporã, Rosário Oeste, Chapada dos Guimarães, Várzea Grande e Cuiabá.
Em Chapada dos Guimarães, a 65 km da capital, um trabalhador de 61 anos, que morava e trabalhava em uma zona rural há três meses sem receber salário, foi resgatado. Conforme a fiscalização, o trabalhador, a esposa e o filho de 24 anos residiam em um barraco ao lado de um chiqueiro, onde o idoso cuidava dos porcos. Ele também era responsável pelos cuidados com o gado, cercas e outras funções.
Ao analisar a falta de registro do trabalhador, a falta de salário e as condições de alojamento com riscos à saúde e à segurança dele e da família, a equipe de fiscalização realizou o resgate retirando-os do local.
O empregador foi notificado para realizar o pagamento das verbas trabalhistas devidas e o resgatado receberá três meses de seguro desemprego e será encaminhado ao Programa Ação Integrada para qualificação e reinserção no mercado de trabalho.
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