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IBGE: Safra 2023 deve bater recorde com 313,3 milhões de toneladas I Agro.MT

Levantamento aponta acréscimo de 19% na produção agrícola neste ano em relação à safra passada — uma colheita adicional de 50,1 milhões de toneladas. “Algo fantástico”, diz coordenador da pesquisa

A safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas deve registrar um novo recorde neste ano. De acordo com o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), divulgado nesta quarta-feira (6/9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção de 2023 deve alcançar 313,3 milhões de toneladas. Isso corresponde a um aumento de 19,0% — ou 50,1 milhões de toneladas — em relação ao obtido em 2022 (263,2 milhões de toneladas).

Na comparação com 2022, houve um acréscimo de 25,8% na safra da soja, de 10% na do algodão herbáceo (em caroço), de 38,8% na do sorgo, de 16,0% na do milho, e de 8,2% na do trigo, enquanto a produção do arroz em casca sofreu queda de 5,5%.

Também é estimado um aumento da área a ser colhida neste ano, que deve alcançar 77,5 milhões de hectares, o que representa um acréscimo de 5,8% em relação a 2022, além de ser 0,6% superior à estimativa de julho.

De acordo com a LSPA, as projeções apontam para uma safra de 150,3 milhões de toneladas para a soja e de 127,8 milhões de toneladas para o milho. O trigo deve ter uma produção de 10,9 milhões, e o sorgo, de 4 milhões de toneladas. Todas as safras mencionadas devem registrar volumes recordes de produção neste ano.

Na visão do gerente do levantamento do IBGE, Carlos Barradas, a explicação para o aumento da produção se deve ao crescimento da área plantada, aos maiores investimentos feitos pelos produtores e à influência do clima que, em termos gerais, beneficiou praticamente todas as unidades da Federação.

“No ano passado, começou a chover na época certa, o que aumentou a janela de plantio do milho; os preços estavam bons e os produtores investiram mais. Em relação à expansão de 19% na produção nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas, isso significa 50,1 milhões de toneladas a mais, algo fantástico”, analisa Barradas.

*Estagiário sob a supervisão de Vinicius Doria

O Noroeste

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