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Homem que matou a companheira estuava doutrina sobre ‘fim dos tempos’; ela era contra

Durante depoimento à delegada Renata Evangelista, Lucas França Rodrigues, 22, que está preso após matar a companheira Ana Paula Abreu, 33, em Sinop, no último final de semana, contou que brigou com ela um dia antes do crime. A motivação seria o fato dela ser contra a escatologia, uma doutrina sobre o “fim dos tempos” que ele estava estudando.

“Ele trouxe algumas informações, outras preferiu não as repassar. Contou que está estudando a escatologia, que ao ser questionado sobre o que era, disse que se tratava de uma doutrina que estuda o fim dos tempos. No dia anterior, ele teve uma discussão com a esposa – com quem ele estava desde dezembro do ano passado”, disse.

Segundo a delegada, a discussão começou pelo fato de Ana Paula ser contra o estudo e doutrina. “O crime aconteceu no dia seguinte da discussão. Aí não conseguiu explicar, não quis explicar o motivo de ter matado ela”, explicou durante coletiva de imprensa.

Renata ressaltou ainda que a investigação vai descobrir se ele premeditou o crime. Durante sua pesquisa, a delegada entendeu que a doutrina que Lucas estava estudando não prega que ninguém seja morto.“Se ele já tinha esse propósito, a investigação vai apontar. Declarou em interrogatório que a ideia era tirar a própria vida depois”.

Fonoaudióloga publicou uma declaração ao marido dias antes de ser assassinada, em Sinop (MT). — Foto: Reprodução

 

Respondeu o que quis

Delegada contou ainda que, durante o interrogatório, Lucas fez questão de responder só o que quis. “Só o que convinha. Quando a gente indagou sobre o instrumento utilizado – que foram coletadas 3 armas na cena do crime – ele disse que não gostaria de esclarecer acerca dos fatos”.

Lembrou que no dia 23 de agosto – por volta da 8h, vítima estava tomando café quando ele a atacou. Não esclareceu se teve discussão. Matou Ana Paula e ficou com o corpo dentro do carro por várias horas, até que tirou fotos e encaminhou para a família dela.

“Ele não mostrou arrependimento. Estava como todo suspeito quando pratica esse tipo de crime, estava cabisbaixo. Não demonstrou nenhum tipo de comportamento diferente”, ressaltou.

 

Atestado de esquizofrenia

Delegada recebeu das mãos do pai de Lucas um laudo atestando que ele tem esquizofrenia. “Ele relata ainda que já teria passado por uma clínica psiquiátrica em anos anteriores. Tudo isso vai ser averiguado”, disse.

Conforme já divulgado, o defensor público que está na defesa do suspeito já solicitou um incidente de sanidade mental. Ele vai passar por uma junto composta por vários profissionais que vão atestar que se, durante o ato, ele tinha capacidade de entender o que estava fazendo.

jornalonoroestemais@gmail.com

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