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Um grupo é investigado por falsificar documentos e manipular indígenas para conseguir benefícios sociais. O Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), cumpriu três mandados de busca e apreensão durante a ‘Operação Sawi di’ realizada, na manhã dessa quinta-feira (4). Os alvos são donos de escritórios que fazem empréstimos, em Barra do Garças, a 516 km de Cuiabá. Outras três ordens judiciais foram cumpridas em Aragarças (GO).
O Gaeco fez uma força-tarefa constituída pelo Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), Polícia Civil, Polícia Militar, Polícia Penal e Sistema Socioeducativo.
As investigações, que duraram cerca de 1 ano, apurou que os suspeitos manipulavam indígenas para obterem aposentadoria, Bolsa Família, benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
De acordo com o delegado responsável pelas investigações Joaquim Leitão, quando as vítimas eram mulheres, os suspeitos tinham acesso ao auxílio maternidade.
“Eles atuavam de maneira conjunta e retiam cartões, documentos e cadernetas de vacinação dos indígenas. Eles administravam os valores bancários, INSS, tendo acesso a todo tipo de benefício. Faziam empréstimos aos indígenas e abatiam os valores dos benefícios que eram recebidos nas contas das vítimas”, disse.
O Ministério Público informou que ainda não se sabe a quantidade de indígenas vítimas do grupo e que os documentos apreendidos na operação podem ajudar nas investigações.
Segundo o Gaeco, nas solicitações dos benefícios que eram realizadas por canais virtuais, os investigados se passavam por indígenas.
Depois de conseguir os benefícios, os investigados faziam empréstimos bancários e se apropriavam de parte do valor, não repassando aos indígenas. Por muitas vezes, eles retiam os cartões bancários das vítimas como forma de garantirem o valor.
A operação investiga a atuação do grupo que tem praticado crimes de falsidade ideológica, uso de documento falso, apropriação indébita, crimes contra a economia popular, furto mediante fraude e outras infrações penais.
“Sawi Di”, que é o nome da operação é um termo utilizado pelos indígenas que, em uma tradução adaptada, significa amigo. No caso, materializado pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso, que atua na defesa dos interesses de todos, sendo uma instituição amiga da sociedade.
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