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sexta-feira, novembro 22, 2024
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Governo russo confirma a morte de líder do grupo Wagner

O líder do grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, está entre as 10 pessoas que morreram após a queda de um jatinho na Rússia, confirmou o canal afiliado ao grupo e, posteriormente, a Autoridade Russa de Aviação Civil. Dmitry Utkin, outro comandante do grupo mercenário, também estava a bordo da aeronave.

A Agência Federal de Transporte Aéreo divulgou a lista dos passageiros a bordo do avião, que teria sido abatido pela Rússia, de acordo com o grupo Wagner.

São eles: Yevgeny Prigozhin; Dmitry Utkin; Sergei Propustin; Evgeny Makaryan; Alexandre Totmin; Valeriy Chekalov; Nikolai Matuseev; e os tripulantes Aleksei Levshin, comandante; Rustam Karimov, copiloto; e Kristina Raspopova, comissária de bordo.

Yevgeny Prigozhin, de 62 anos, foi uma figura frequente nos noticiários, não só por sua atuação no front de batalha na Ucrânia, mas também por liderar um exército paralelo que tem influência em diversos conflitos ao redor mundo.

Nascido e criado em São Petesburgo, assim como o presidente Vladimir Putin, Prigozhin é uma das faces mais visíveis da guerra. Com relações públicas agressivas e presença frequente perto da linha de frente, ele recrutou milhares de presos russos para lutar no grupo Wagner.

Além disso, o líder paramilitar era conhecido havia décadas como o “chef de Putin”, devido aos contratos de fornecimento de alimentos de sua empresa de catering, Concord, com o Kremlin.

 

Desafeto de Putin
Em 23 de junho deste ano, houve uma ruptura entre o grupo Wagner e Putin, então grandes aliados, quando os mercenários tentaram um motim contra o governo russo. As tropas paramilitares marcharam rumo a Moscou, chegaram a quase 200 quilômetros da capital russa e depois recuaram. Eles começaram a retornar para sua base, em Rostov-on-Don, após uma ordem de Prigozhin.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, confirmou que houve uma negociação, seguida de um acordo entre as duas partes, intermediado pelo governo de Belarus. Antes de o acordo ser firmado, Putin afirmou que a tentativa de rebelião foi uma “traição” e chegou a prometer uma “punição”.

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