Conforme os dados do Ploa de 2025, a correção do piso salarial a partir de janeiro será de 6,87%, ou R$ 97 sobre o valor atual. Proposta orçamentária prevê R$ 5,87 trilhões de gastos, sendo R$ 2,77 trilhões em despesas financeiras e R$ 2,93 trilhões em gastos primários
O Projeto de Lei Orçamentária Anual (Ploa) de 2025 foi protocolado no Congresso Nacional, na noite desta sexta-feira (30/8), prevendo um salário mínimo de R$ 1.509.
Esse novo valor representa um aumento de R$ 97 sobre o piso atual, de R$ 1.412 ao mês, o que equivale a um reajuste de 6,87%, dado acima da inflação projetada pelo mercado para este ano, de 4,25%, de acordo com a mediana das estimativas do mercado coletadas no último boletim Focus, do Banco Central.
O aumento de 6,87%, de acordo com dados do Ministério do Planejamento e Orçamento, vem de 3,82% dados pela variação estimada para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) nos 12 meses encerrados em novembro de 2024 e de 2,91% de aumento real decorrentes do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2023, “conforme prevê sua regra de correção”.
A proposta orçamentária prevê um total de R$ 5,87 trilhões para o ano que vem, dos quais R$ 2,77 trilhões serão despesas financeiras e R$ 2,93 trilhões gastos primários. Segundo o comunicado, os valores incluem R$ 166,6 bilhões do Orçamento de Investimento das Empresas Estatais.
Para o governo central – que inclui Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social –, a projeção para a receita primária é de R$ 2,91 trilhões, ou 23,5% do PIB – valor que inclui R$ 558,7 bilhões em transferências para estados e municípios. Já as estimativas para as despesas primárias do governo central, são de R$ 2,39 trilhões, ou 19,3% do PIB. Apesar de as despesas serem maiores do que as receitas, o governo prevê resultado primário com deficit zero nas contas do próximo ano, por conta da exclusão das despesas com o pagamento de precatórios (dívidas judiciais da União).