O governador Mauro Mendes (União) admitiu que poderá fechar a Hospital Estadual Santa Casa após a inauguração do Hospital Central, que fica no Centro Político Administrativo da Capital.
A previsão do Estado é que no início de 2024 as obras já estejam concluídas, a unidade equipada, e o hospital já entre em funcionamento.
De acordo com Mendes, o Estado não tem a intenção de manter três grande unidades hospitalares na Grande Cuiabá. Hoje, o Estado administra o Metropolitano, em Várzea Grande, e tem como objetivo inaugurar o Central e o Universitário Julio Müller.
“Nós temos um prédio alugado. Eu sempre disse, e se é novidade para alguém essa pessoa está descontextualizada, que o Estado de Mato Grosso não terá três grandes hospitais aqui”, disse.
Segundo o chefe do Executivo, ao inaugurar a unidade do Centro Político, “grande parte do atendimento que ocorre na Santa Casa será deslocado para o Hospital Central”.
Mendes ainda relembrou que a administração da Santa Casa – uma unidade filantrópica – só passou a ser do Estado em 2019 após a unidade ficar fechada por cerca de 60 dias. De acordo com o governador, por culpa da Prefeitura.
À época, a administração do hospital alegava falta de repasses por parte da gestão municipal.
“A Prefeitura deixou fechar e [deixá-la fechada] causava um colapso gigantesco na Saúde de Cuiabá. Então, nós requisitamos, estamos pagando um aluguel mensal”, disse.
Os custos com reparos da unidade, segundo Mendes, são altos por conta da idade do prédio. A fachada da Santa Casa é tombada como patrimônio histórico.
“O prédio é muito antigo. O que gastamos de manutenção e temos de problemas ali… É toda semana um problema, em função da característica do prédio”, disse.
O Hospital Estadual Santa Casa dispõe de 177 leitos de enfermaria e 41 leitos de UTI.
O local tem especialidades como clínica médica geral, cirurgia geral e pediátrica, cirurgia e clínica oncológica, cirurgia e clínica vascular, hemodiálise adulto e infantil, nefrologia adulto e pediátrica, neurologia adulto e pediátrica, neurocirurgia pediátrica, pneumologia, psiquiatria, otorrinolaringologia adulto e pediátrica, cardiologia clínica adulto e infantil, cardiologia intervencionista e hemodinâmica, além de ofertar exames de imagens e laboratoriais.
Já o Hospital Central é projetado para ter 10 salas cirúrgicas, 60 leitos de UTI e 230 leitos de enfermaria. Além disso, a unidade de alta complexidade vai dispor um total de 290 leitos.