A proposta deve ser discutida, em caráter de urgência, na Assembleia Legislativa do Estado. A tragédia no estado gaúcho deixou dezenas de mortos, feridos e desaparecidos, além de milhares de pessoas sem casa.
O governo de Mato Grosso anunciou, nesta segunda-feira (6), que pretende realizar uma doação de R$ 50 milhões para contribuir com a recuperação de casas, estradas e escolas que foram destruídas pelas fortes chuvas que afetaram o Rio Grande do Sul.
Segundo do vice-governador de Mato Grosso, Otaviano Pivetta, esse recurso será retirado do Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab). O governador Mauro Mendes participou do encontro de forma remota.
“Quem está acompanhando as notícias fica sensibilizado. É um gesto de empatia. O Rio Grande do Sul é um estado irmão. É importante Mato Grosso fazer esse gesto, porque um dia nós poderemos precisar. Tomara que nunca, mas é possível”, disse Pivetta.
A proposta ainda será discutida pela Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT). O presidente da assembleia, Eduardo Botelho, disse que a votação para a autorização do repasse tem caráter de urgência e deve ser realizada até quarta-feira (8).
Além da doação, o governo enviou equipes do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer) e do Corpo de Bombeiros Militar (CBMMT) para auxiliar nas operações de busca e resgate na região gaúcha.
Temporais no RS
A chuva que persiste há pelo menos uma semana colocou o estado inteiro em situação de calamidade e deve continuar pelos próximos dias, causando mais estragos. O número de mortos já chega a 83 e dezenas de pessoas estão desaparecidas em meio às cheias, segundo a Defesa Civil.
O governo decretou estado de calamidade, situação que foi reconhecida pelo governo federal. Com isso, o estado fica apto a solicitar recursos federais para ações de defesa civil, como assistência humanitária, reconstrução de infraestruturas e restabelecimento de serviços essenciais.
Os meteorologistas explicam que a catástrofe é resultado de pelo menos três fenômenos que afetam a região e foram agravados pelas mudanças no clima. E a tendência é de piora por conta da previsão de mais chuva.
A tragédia no estado está associada a correntes intensas de vento, a um corredor de umidade vindo da Amazônia, aumentando a força da chuva, e a um bloqueio atmosférico, devido às ondas de calor.