Em entrevista na manhã desta segunda-feira (25), o governador Mauro Mendes (União) comentou a proposta que deve ser feita pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), sobre a renegociação das dívidas dos Estados com a União. Ele espera que Estados como Mato Grosso, que, segundo ele, está entre os menos endividados, tenha as mesmas opções que entes federativos que estão em uma situação pior. Mauro também pontuou a importância de se resolver a questão do endividamento, citando o destino que levou a Argentina.
“A nossa dívida está em torno de 10% da nossa receita corrente líquida, ou seja, é um dos endividamentos mais baixos entre todos os Estados brasileiros. […] Tem um endividamento pequeno, mas se for flexibilizar regras para quem deve muito, tem que flexibilizar também para quem deve pouco, porque não é justo você dar um tratamento especial àqueles que não fizeram a lição de casa ou que não estão conseguindo pagar as dívidas, e aqueles que estão se esforçando, aqueles que estão fazendo um empenho fiscal mais rigoroso não terem este mesmo tratamento”, disse.
Em entrevista à Jovem Pan News na manhã de ontem (25), o chefe do Palácio Paiaguás destacou que Mato Grosso está com uma situação fiscal equilibrada e espera que, apesar disso, possa receber as mesmas condições que Estados que não estão na mesma situação.
Mauro afirmou que no Brasil há uma cultura de se acostumar a conviver com os problemas, de se adiar a soluções, e que, no caso das dívidas, já existem regras sobre isso, que não são seguidas. Ele defende que, quem mais as respeita, não seja prejudicado.
“Nós defendemos isso. Se o Haddad diminuir taxa de juros, se alongar, tem que fazer isso para todos, garantindo isonomia e não simplesmente um privilégio para aqueles que estão em dificuldade. Talvez não seja culpa dos atuais governadores, porque estas dívidas foram construídas ao longo de muitos e muitos anos”, argumentou.
O governador de Mato Grosso ainda pontuou que, se algo não for feito, medidas mais disruptivas terão que ser tomadas, com consequências mais duras. Ele citou a situação da Argentina, que postergou a resolução dos problemas e chegou onde está hoje.
“Olha o que aconteceu com a Argentina, há pouco mais de 20 anos, era um país espetacular, era a Europa da América Latina. As coisas não iam bem, eles foram tocando com a barriga, a Argentina foi vivendo uma glória que não se refletia nos números, até que quebrou em 2001 e nunca mais se recuperou. Então eu acho que no Brasil nós temos problemas graves, sérios, o pacto federativo é algo interessante, mas ao mesmo tempo trata realidades diferentes de formas iguais e tenta de alguma forma nivelar os problemas como está se fazendo agora na questão da dívida”, disse.
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