Gilberto Figueiredo, secretário de Estado de Saúde, afirmou que o Município de Cuiabá “segura” os repasses feitos pelo Governo destinados ao Hospital de Câncer de Mato Grosso. Ele defendeu a estadualização do HCan, que já foi aprovada pela Prefeitura.
No início do ano o Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) recomendou que o Governo do Estado avaliasse a possibilidade de estadualização do Hospital de Câncer, que tem contrato com a Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá.
No último mês de julho a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT) oficializou à Prefeitura a proposta. Por meio do contrato com o estado, a unidade passaria de 310.893 para 562.008 procedimentos.
“Nós já fizemos todas as tratativas legais necessárias. Já minutamos, inclusive, o novo contrato com o Hospital de Câncer (…). Nós vamos dobrar os valores destinados para os procedimentos no hospital”, disse Gilberto.
Já houve uma resposta positiva pela estadualização por parte da Prefeitura. A aprovação da estadualização ocorreu nessa sexta-feira (23).
O governador Mauro Mendes já se manifestou afirmando que não irá assumir nenhuma dívida da prefeitura com o hospital. A unidade ainda estaria aguardando repasses de R$ 17 milhões do Executivo municipal. Gilberto disse que o Município “segura” os repasses feitos pelo Estado.
“Não há atraso de pagamento do Governo do Estado para a Prefeitura, para honrar com este compromisso. Porque a Prefeitura, na prática, ela não patrocina os procedimentos no Hospital de Câncer. Quem paga pelos procedimentos? É o Governo Federal e o Governo do Estado, que repassa os recursos para a prefeitura. O problema é que, infelizmente, a Prefeitura segura estes repasses e fica este acúmulo, é por isso que nós queremos estadualizar o contrato, porque aí nós vamos pagar o hospital direto e não vai passar mais pela Prefeitura”.
Além do Hospital de Câncer, onde a SES quer ampliar a capacidade de prestação de serviços, Gilberto afirmou que o Estado planeja fazer o mesmo no Hospital Geral.
“O contrato existente com a Prefeitura não supre toda a necessidade da população, é por isso que nós estamos estadualizando e praticamente dobrando a capacidade disponível deste hospital, porque tem capacidade para fazer mais, mas a Prefeitura não contratava este serviço, nós vamos praticamente contratar a capacidade máxima, não somente do Hospital de Câncer, mas também do Hospital Geral, para que a gente possa ampliar de forma substancial a assistência à população”.