A vereadora Michelly Alencar (União Brasil) afirmou já ter sofrido episódios de preconceito por ser uma mulher branca, durante uma sessão realizada nesta quinta-feira (11), na Câmara de Vereadores de Cuiabá.
A reportagem procurou a vereadora para entender o contexto da declaração, mas, até a última atualização desta reportagem, não obteve retorno.
No momento da sessão estava sendo votado um pedido de instauração para investigar o presidente da Câmara, o vereador Chico 2000 (PL), por quebra de decoro parlamentar com violência política de gênero, contra a colega Edna Sampaio (PT), que é uma mulher negra.
“Quantas vezes eu fui vítima por ser ‘branca’? Porque o fato de eu ser contra alguns posicionamentos. Ah, é porque ela não entende, ela é branca. Ela vai votar contra a vereadora, porque a vereadora é negra. Não, gente. Eu quero defender o meu direito ao voto”, disse Michelly.
O documento aponta casos em que Edna teria sofrido violência de gênero e foi apresentado com base na Lei 14.192/2021, que considera violência política contra as mulheres toda “ação, conduta ou omissão com a finalidade de impedir ou restringir seus direitos políticos”.
Na sessão, Michelly também afirmou que já foi vítima de violência de gênero.
“Votei a favor da cassação da vereadora Edna, sim. E hoje estou votando com muita segurança porque sei o que é a violência de gênero, porque fui vítima”, declarou.
O pedido não foi aprovado pelos vereadores, com 22 votos contrários. Apenas Edna Sampaio votou pela aprovação da comissão processante.
Em entrevista a imprensa, o psicólogo e pesquisador Elvis Dutra disse que o preconceito diz respeito a opinião negativa ou estereotipada sobre alguém devido a uma característica, como a religião, o gênero, a orientação sexual ou outras características que podem compor a identidade de uma pessoa.
Já o racismo, é um tipo de preconceito, porém está intimamente ligado a discriminação com base na raça ou etnia de uma pessoa. Elvis explica que o racismo é um sistema estrutural e envolve poder e sistemas sociais que privilegiam alguns grupos raciais em detrimento de outros.
“Tentativas de instrumentalizar um discurso como o ‘racismo reverso’, servem como uma maneira de desviar a atenção das questões reais de desigualdade e discriminação racial, perpetuando visões distorcidas sobre as estruturas de poder existentes em nossa sociedade”, disse.
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