Juntos, a Amazônia e o Pantanal já registram 8.386.675 hectares devastados pelo fogo, desde 1º de janeiro até 1º de setembro deste ano.
Do total, 6.718.025 ha queimados foram no solo amazônico, o que corresponde a 1,6% da floresta, e 1.688.650 ha no bioma pantaneiro, que já teve 11,05% de sua área consumida pelos incêndios florestais no mesmo período.
Causados principalmente por ação humana, os incêndios florestais são intensificados pela mudança do clima, que causa estiagens prolongadas nos dois biomas.
Na Amazônia, de acordo com último boletim do Ministério do Meio Ambiente (MMA), a emergência climática elevou em até 20 vezes a probabilidade das condições climáticas que intensificaram os incêndios na floresta amazônica.
Na região, três municípios de Mato Grosso estão entre as 20 cidades que concentram 85% dos focos de calor no bioma, sendo eles, Colniza, Nova Maringá e Aripuanã.
As demais estão destruídas pelo Pará (6), Amazonas (6), Rondônia (3), Acre (1) e Roraima (1).
Somente na semana de 26 de agosto a 1º de setembro, houve um incremento de 1.510.250 ha em área queimada no bioma amazônico. No geral, 57% controlados ou extintos.
Já no Pantanal, que abrange Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, a emergência climática intensificou em cerca de 40% os incêndios florestais registrados em junho passado.
Dentre os cinco municípios mais atingidos, dois estão localizados no território mato-grossense, sendo eles, Barão de Melgaço, com 864 focos e Cáceres, com 856 ocorrências.
Segundo boletim do MMA, 87,5% dos incêndios encontravam controlados ou extintos.
De acordo com boletim do Ministério do Meio Ambiente, com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, Mato Grosso lidera o ranking de queimadas, com mais de 26,4 mil focos de calor registrados neste ano.
Em seguida vem o Pará, com 20,2 mil focos, seguido do Amazonas, com 15,4 mil focos.
CHAPADA DOS GUIMARÃES – Em Chapada dos Guimarães, até sexta-feira (6), equipes atuavam no combate a um incêndio na região do Mirante do Centro Geodésico da América do Sul e no Parque Nacional de Chapada dos Guimarães.
As equipes estavam distribuídas na área de proteção ambiental municipal Aricá-açu, Ninho das Águias, MT-251, Circuito das Cachoeiras e mirantes da região.
Além voluntários e organizações não-governamentais, o combate ao fogo conta com brigadistas e equipes de órgãos federais e estaduais, com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema), Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros Militar (CBM-MT).
As autoridades públicas pedem ainda que a população colabore e respeite o período proibitivo de uso de fogo na área rural uma vez que na zona urbana é proibido o ano todo.
A qualquer indício de incêndio, os bombeiros orientam que a denúncia seja feita pelos números 193 ou 190.