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Filme rodado em Mato Grosso é exibido no Cine Teatro Cuiabá

Nessa terça-feira, 27 de agosto, às 19h30, o Cine Teatro Cuiabá exibe, no projeto Encontros com Cinema / Sessão Realizador@s de Mato Grosso, o longa “Beatriz Vira Folhas”, dirigido e roteirizado por Samantha Col Debella. A cineasta e outras pessoas que integraram elenco e equipe do filme estarão presentes para conversa com participantes da sessão. O bate-papo será mediado pela Profa. Dra. Aline Wendpap. Entrada gratuita e classificação indicativa livre.

Em “Beatriz Vira Folhas”, Bea (Ana Barbara Barreto Dalcin) é uma menina de 10 anos que enfrenta o drama de mudança de cidade e de escola no meio do ano letivo. Ela tem dificuldades para se integrar com os colegas e acaba descobrindo nos livros um universo mágico que aguça sua imaginação. O longa foi eleito Melhor Filme pelo júri popular do 21º Cinemato – Festival de Cinema e Vídeo de Cuiabá (2023).

A cineasta

Samantha Col Debella é formada em Comunicação Social – Rádio e TV – pela Universidade Federal de Mato Grosso, tem MBA em Marketing, pela HSM Educação – SP e Pós-graduação em Cinema pela Universidade Cândido Mendes – RJ.

Desde 2015 atua como roteirista e diretora de cinema. Já rodou dois curtas-metragens que foram selecionados para mais de 40 festivais no Brasil e no exterior e ganharam 8 prêmios, sendo 4 de melhor filme. Nesse ano, Samantha estreou na Rede Pública de Televisão a série ficcional “Entre Longes” que ganhou o edital de TVs Públicas da Ancine.

Samantha é amante dos livros desde criança e trouxe muito dessa influência para o universo construído em “Beatriz Vira Folhas”.

“Dizem que todas as histórias têm um quê de biográficas porque o autor sempre coloca um pouco de si nos personagens e no mundo ficcional que constrói para os livros e filmes. “Beatriz Vira Folhas” é uma prova de que isso funciona, pelo menos comigo”, afirma Col Debella.

A cineasta e roteirista aprendeu a ler com apenas três anos de idade, “num processo de osmose”, como ela mesma define. Filha de professora, Samantha ficava sempre por perto durante as aulas particulares que a mãe ministrava e foi pouco a pouco aprendendo a amar a leitura.

A produção

O longa-metragem produzido em Mato Grosso teve várias locações em Chapada dos Guimarães (a 70 quilômetros de Cuiabá). A pacata cidade turística deu vida ao pequeno e ficcional município de Aventino.

A escolha de Chapada como um dos principais cenários para o filme se deu justamente pela construção da narrativa, que retrata a mudança de Beatriz de uma capital para uma cidade do interior.

A produtora executiva do longa, Bárbara Varela, conta que a obra é universal e dialoga com qualquer pessoa em qualquer lugar do mundo. “O interessante é que conseguimos manter as nossas características em um filme sem fronteiras”, enfatiza Varela.

Algumas das cenas foram gravadas em praças e imóveis públicos, como a Câmara Municipal de Chapada dos Guimarães e a Igreja Nossa Senhora de Santana.

As gravações no município atraíram muitos moradores, como o prefeito Osmar Froner de Melo. “Beatriz Vira-Folhas vai levar os cenários histórico e de paisagem de Chapada para o Brasil e o mundo e beneficiará o turismo local e a economia da cidade. Estamos muito felizes com a escolha do município para ser o cenário de boa parte do filme”, aponta Bárbara. Além das gravações em Chapada, as demais cenas do filme foram realizadas em Cuiabá.

O diretor de fotografia, Marcelo Biss, argumenta que 80% da equipe de produção e direção do longa-metragem é feminina e jovem. “Foi um prazer trabalhar com pessoas que demonstraram muita competência e simplicidade, fazendo com que o set de filmagens tivesse muita harmonia”, finaliza Biss.

O longa-metragem é uma realização da Molêra Filmes e da Cafeína Conteúdos e envolve 200 empregos diretos e indiretos.

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