A Rumo concluiu em fevereiro a construção de aproximadamente 3 quilômetros de trilhos da Ferrovia Estadual Senador Vicente Emílio, em Rondonópolis (225 km ao sul). Após um ano de terraplanagem e a construção de um viaduto, os trilhos agora formam os primeiros quilômetros da linha tronco e de uma linha auxiliar de descarga de insumos.
Esta construção vai viabilizar o início do recebimento de materiais, via modal ferroviário, para a execução da nova ferrovia que conectará o sul de Mato Grosso à Cuiabá e ao Médio-Norte. Serão 743 quilômetros que integrarão o estado à rede ferroviária federal, ao mercado industrial e consumidor de São Paulo e ao principal complexo portuário do hemisfério sul, o Porto de Santos (SP).
Para entregar os 3 quilômetros de trilhos foram utilizados 3.334 dormentes de concreto, 1.745 dormentes de madeira, dois aparelhos de Mudança de Via (AMVs) e 20 barras de trilhos (com 312 metros cada).
“Esses primeiros trilhos simbolizam um novo capítulo na história da infraestrutura nacional. Mesmo sendo uma autorização estadual, a Ferrovia Senador Vicente Emílio Vuolo nasce com a vocação de impactar a economia nacional, ao construir um dos modais logísticos mais eficientes para o estado, que é símbolo do agronegócio. Mato Grosso tem uma indústria próspera e setores do comércio e serviços que podem se beneficiar muito das possibilidades do transporte ferroviário”, analisa Harley Silva, Gerente Executivo de Implantação de Obras Ferroviárias da Rumo.
Além dos impactos econômicos positivos, a geração de empregos é outro grande legado da ferrovia. Análises do Observatório da Indústria da FIEMT (Federação das Indústrias de Mato Grosso), por exemplo, apontam “choque” de desenvolvimento na fase de implantação dos trilhos entre o Sul, capital e Médio-Norte do Estado. Somente na fase de construção do empreendimento estima-se a geração de 186 mil empregos em Mato Grosso. Desse total, 105 mil devem ser diretos, 41 mil indiretos e 40 mil induzidos, ou seja, aqueles gerados por conta da melhora da renda das famílias mato-grossenses, que irá aumentar e criará mais empregos.
“Essa transformação está em andamento. Somando os profissionais envolvidos na construção do primeiro viaduto ferroviário de Rondonópolis e mais a quantidade de trabalhadores mobilizados nas etapas atuais, já mobilizamos neste primeiro ano mais de 1.200 profissionais”, comenta Tiago Proba, Gerente de Cultura, Atração, Diversidade e Marca Empregadora da Rumo.
Recentemente, foi anunciada a realização de cursos de capacitação profissional, oferecidos pelo Sistema Federação das Indústrias de Mato Grosso (Sistema FIEMT), por meio do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI MT) e do Instituto Euvaldo Lodi (IEL MT). A iniciativa visa selecionar, recrutar e capacitar profissionais que possam executar atividades na construção da Ferrovia Estadual Senador Emílio Vuolo. Os cursos do (SENAI) são voltados para a área de construção civil, e o IEL MT irá selecionar e recrutar os trabalhadores, disponibilizando o Banco de Talentos dos formados nos cursos. O recrutamento será feito após o cadastro dos currículos e triagem dos profissionais para as vagas disponíveis. Os contratos IEL Senai são com a Rumo, mas quem vai contratar são as construtoras que estão fazendo a obra.