A senadora Margareth Buzetti (PSD) afirmou que pretende dar espaço para o 2º suplente do mandato, José Lacerda (PSD), apenas no final do mandato que se se encerra em 2026. A declaração ocorre em meio a uma crise interna da sigla, por conta da expectativa para que Lacerda assuma.
Isso porque, antes de Carlos Fávaro (PSD) se licenciar do mandato para assumir o Ministério da Agricultura em primeiro de janeiro deste ano, o cronograma era de que Lacerda assumiria por 6 meses a cadeira, já que Buzetti já havia estado no cargo em 2022 durante a disputa eleitoral.
Contudo, a senadora garante que nunca houve um acordo de data para que ela deixasse o cargo para que Lacerda assuma. ‘Eu deixei bem claro que se o Fávaro assumisse o Ministério, lá na frente eu abriria para ele. Mas nunca houve uma data e quem falar isso estará mentindo’, afirmou.
‘Não sei se o Fávaro volta para o mandato e talvez ele abra para ele assumir. Mas comigo vai ser mais para o final do mandato’, completou ao lembrar que Fávaro teria que se sair do ministério em março de 2026 para disputar as eleições.
Segundo a senadora, o motivo para que não faça rodízio, seria para que ela acompanhe os seus projetos no Senado, o que não poderia ocorrer caso Lacerda assumisse. ‘Eu tenho os meus projetos que precisam andar. A questão da reconstrução da mama, dos designers de interiores e o aumento de pena para quem cometer crimes contra profissionais da saúde. E se a gente interromper o mandato, fica difícil’, alegou.
O posicionamento da senadora é mais um capitulo da sua relação conturbada dentro do PSD, na qual sua filiação só se deu como condicionante para que Fávaro assumisse o Ministério e a sigla não perdesse um membro de sua bancada.
Buzetti não esconde sua diferença política com Fávaro, tanto que apoiou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nas eleições do ano passado e é aliada incondicional do governador Mauro Mendes (União), que está rompido com o ministro.
Tanto que a senadora já garantiu que irá apoiar Fábio Garcia (União) para prefeito de Cuiabá, mesmo o PSD tendo candidatura própria, caso o deputado Eduardo Botelho se filie na legenda, ou a sigla apoiar outro candidato.
Carlos Fávaro foi eleito em 2020 em uma eleição suplementar com apoio do governador Mauro Mendes. Já Margareth Buzetti foi escolhida como 1ª suplente a pedido do ex-ministro Blairo Maggi (PP) e Lacerda pelo MDB. Porém, os dois se filiaram ao PSD no ano passado em um acordo nacional.
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