Uma família autorizou a doação do coração de uma criança de três anos que teve morte cerebral em Cuiabá. A captação do órgão ocorreu no Hospital Municipal da capital (HMC), nessa sexta-feira (8). No entanto, como Mato Grosso não realiza esse tipo de transplante, o órgão foi doado para uma paciente, com a mesma idade, de São José do Rio Preto, em São Paulo.
A Secretaria Municipal de Saúde informou que a criança tinha histórico de hidrocefalia e que, após episódios de crises convulsivas, ela evoluiu para o quadro de morte encefálica.
Em seguida foi proposto aos familiares a possibilidade da doação dos órgãos, após eles aceitarem, foi aberto o protocolo para dar início ao processo.
O médico pediatra que atua na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do HMC, Pedro Magalhães, explicou que o tempo de durabilidade de um coração fora do corpo é de até 4h, por isso, o transporte precisa ser feito rapidamente. Além disso, a locomoção é feita por uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB).
“A doação de órgãos ainda tem números baixos em todo Brasil e isso se dá por várias razões. Quando se trata de pediatria, esse número é mais baixo ainda”, disse o médico pediatra, Pedro Magalhães.
Para ser doador, você não precisa deixar nada por escrito, em nenhum documento. Basta comunicar a a família, que irá autorizar os procedimentos necessários para o transplante.
Qualquer pessoa pode ser uma doadora. É necessário, apenas, que haja compatibilidade entre o doador e quem irá receber o órgão. Rins, parte do fígado e da medula óssea podem ser doados em vida. Mas, em geral, a doação ocorre em situações de morte encefálica, após a autorização familiar.
A captação de órgãos em Mato Grosso começa após a notificação de morte encefálica de um paciente. Depois da confirmação do diagnóstico, é realizada uma entrevista familiar e a triagem de sorologia e condições clínicas do possível doador. Se a cirurgia for viável, é iniciado o processo de captação, autorização da doação e confirmação da compatibilidade dos receptores.
A captação pode ser feita em qualquer unidade hospitalar da rede pública ou privada.
É a interrupção irreversível das atividades cerebrais, causada normalmente por traumatismo craniano, tumor ou derrame. Como o cérebro comanda todas as atividades do corpo, quando ele morre significa a morte do indivíduo. Não há dúvidas no diagnóstico.
Os órgãos são destinados a pacientes que necessitam de transplante e estão aguardando em uma lista única de espera, por critérios definidos pelo Sistema Nacional de Transplantes (SNT) do Ministério da Saúde.
Não. A retirada dos órgãos é uma cirurgia como qualquer outra. O corpo do doador fica intacto e pode ser velado normalmente.
Ministério da Saúde revela que, em 2023, o Estado teve 14,34 casos da doença para…
A Aliança Global de combate à fome e o financiamento de nações ricas a ações…
O economista Thomas Coutrot afirma que proposta de escala 4x3 tem grande aceitação pública, mas…
O cianeto, composto químico para o refino de minério, é usado no garimpo ilegal em…
O Dia do Rio Paraguai nasceu da luta dos comitês populares, até se transformar em…
O embaixador de Israel no Brasil, Daniel Dohar Zonshine e o adido comercial Ari Fischer,…