Operação também cumpriu mandados contra outras quatro pessoas, entre físicas e jurídicas, com sequestro de bens móveis e imóveis, em municípios de Mato Grosso.
Uma técnica ambiental, que fingia ser engenheira florestal, é alvo de uma operação do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), nesta sexta-feira (23), por suspeita de falsificar assinaturas de um promotor de Justiça, do superintendente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e da secretária estadual de Meio ambiente, para finalização de Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) falso.
Com o nome “Operação Sorokin”, o Gaeco investiga um grupo criminoso envolvido em falsidade ideológica e lavagem de dinheiro, que também cumpriu mandados contra outras quatro pessoas, entre físicas e jurídicas, com sequestro de bens móveis e imóveis, em municípios de Mato Grosso.
Segundo o Gaeco, a organização criminosa, que já responde a ação é acusada de operacionalizar esquema de fraudes e lavagem de dinheiro. A denúncia foi recebida pela juíza de Direito, Ana Cristina Mendes.
Investigação
A investigação começou a partir de procedimentos realizados em outra operação, quando foi constatado que a responsável técnica de um dos empreendimentos forjou assinaturas eletrônicas de um promotor de Justiça, que atua na área ambiental, com símbolos oficiais do Ministério Público do Estado de Mato Grosso (MPMT).
Conforme apurado, o acordo falso, que previa o pagamento de indenizações, reposição e multas ambientais, no valor de R$ 6,2 milhões, foi apresentado à proprietária do empreendimento, que fez o pagamento na conta de denunciados.
Ainda de acordo com a investigação, os integrantes da organização criminosa, em uma atuação colaborativa, teriam contribuído para a execução de diversas fraudes no Cadastro Ambiental Rural (CARs) de propriedades, em relatórios de tipologia e em Autorizações de Desmates (ADs).
Em seguida, com os valores obtidos, os investigados compraram diversos bens móveis e imóveis, no intuito de dissimular a origem e movimentação, decorrentes dos crimes praticados.
Nome da operação
O nome da operação faz alusão a Anna Sorokin, também conhecida como Anna Delvey, impostora russa que se passou por uma herdeira milionária em Nova York. Ela enganou muitas pessoas na alta sociedade de Nova York, vivendo uma vida de luxo e glamour, sem ter os recursos financeiros para sustentá-la.
Sorokin foi condenada por múltiplos crimes, incluindo roubo e fraude, e sua história ganhou notoriedade como um exemplo de falsa identidade e manipulação social nos círculos elitistas de Nova York. Ela se tornou assunto de discussão pública e até inspirou uma série de televisão.