O secretário-chefe da Casa Civil Fábio Garcia (União) reforçou a tolerância zero que o Governo de Mato Grosso trata invasões de propriedades privadas no Estado.
“O governo tem tolerância zero para invasão de terra. Todas as invasões que aconteceram no Estado de Mato Grosso não prosperaram porque o governo foi muito eficaz em desocupar as áreas”.
“Nós continuaremos com essa tolerância zero a invasões e [com] respeito ao direito de propriedade privada no Estado de Mato Grosso”, completou.
A declaração de Garcia foi dada após ele ser questionado sobre a situação dos assentados no Assentamento Intanhangá/Tapurah na convenção do Uniao Brasil, que homologou a candidatura de Eduardo Botelho à Prefeitura de Cuiabá, nesta segunda (5).
No mesmo dia, mais cedo, a deputada federal Coronel Fernanda e o presidente da Aprosoja, Lucas Costa Beber, fizeram uma entrevista coletiva onde saíram em defesa de famílias produtoras e criticaram a atuação do Incra no Estado.
Questionado se estaria disposto a dialogar com o Incra ou até mesmo com o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira (PT), ele se mostrou aberto à negociação.
“Estou à disposição para dialogar com quem for preciso para que a gente possa estabelecer a ordem, garantir a aplicação da lei e o direito à propriedade privada do nosso Estado. Nós vamos fazer a nossa parte”, encerrou.
O que está acontecendo?
O Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) iniciou a desocupação nos 1.149 lotes de terra do Assentamento Itanhangá/Tapurah, que são ocupados há décadas por assentados, que já se estabeleceram no local e agora também reivindicam a propriedade do lote.
As terras do assentamento pertencem à União. Os deputados Coronel Fernanda e Gilberto Cattani, ambos do PL, já demonstraram apoio aos atuais assentados e fizeram críticas a ação do Incra.
Cada lote tem cerca de 100 hectares que concentram 60% da produção de soja, milho, leite e da pecuária do município. Dos 1.149 lotes, 275 teriam alguma irregularidade, 875 não possuem nenhuma e estariam em condições suficientes para serem documentados.
A reintegração de posse, porém, está suspensa no momento, devido a uma decisão judicial.
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