O agronegócio deveria repensar profundamente sua agenda no Congresso.
Falta visão estratégica e de futuro em pautas tão deletérias que aprofundam os efeitos das mudanças climáticas.
Basta olhar o que a bancada ruralista apoia, o tipo de proposta que defende e aprova com tanta frequência.
É insensato seguir por esse caminho, e os números não mentem: os extremos climáticos, como as enchentes no Rio Grande do Sul e a seca que castiga a região Norte, já causaram ao menos R$ 6,67 bilhões em prejuízos ao agronegócio brasileiro, segundo matéria publicada no Valor Econômico desta segunda-feira.
O agronegócio é a primeira vítima, mas também parte do problema.
O agravamento dos eventos climáticos extremos é, de certa forma, provocado pelo aumento das emissões e pelo desmatamento descontrolado.
Conversei com Rodrigo Agostinho, presidente do Ibama, e ele compartilhou uma informação importante sobre os incêndios em São Paulo.
Os focos começaram ao mesmo tempo, próximos às usinas de cana-de-açúcar.
No entanto, não foram causados pela queima de palha, como antigamente. Houve uma sofisticação, uma melhoria na tecnologia e no aproveitamento. Essa palha agora é usada para a produção de energia.
Há muitos indícios de que a ação foi criminosa, algo coordenado, pois o fogo começou simultaneamente em lugares diferentes, numa área muito extensa.
Na Amazônia, o governo está mobilizado há dois meses, com uma sala de situação na Casa Civil para tratar da seca.
A estiagem começou mais cedo na Amazônia e está causando grandes prejuízos à agricultura, à pecuária e à própria indústria. A logística depende fortemente dos rios, que estão secos.
Esses incêndios não são espontâneos ou causados por eventos naturais.
Eles são provocados pelo uso do fogo na agricultura, seja para pastagem ou grilagem na Amazônia.
E em São Paulo, a ação claramente coordenada está sendo investigada pela Polícia Federal.
Nem tudo está ligado diretamente à agricultura, mas quero destacar que o agronegócio brasileiro precisa de uma profunda reflexão.
Quando converso com bons empresários de várias áreas, eles afirmam que uma minoria apoia a destruição do meio ambiente. No entanto, se esse é o caso, a maioria deveria denunciar.
O “Dia do Fogo”, em 10 de agosto de 2019, foi provocado por produtores rurais da Amazônia, que combinaram pelo WhatsApp incendiar a floresta para abrir espaço para o gado.
Essa marcha da insensatez precisa acabar. A agricultura precisa entender que também é vítima.
Ela não pode continuar sendo parte do problema que está se agravando no Brasil.
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