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quinta-feira, novembro 14, 2024
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Ex-presidente e ex-CEO estão entre alvos de operação que investiga rombo de R$ 400 milhões em cooperativa de Saúde MT e MG

Rubens Carlos de Oliveira Jr. e Eroaldo Oliveira, ex-presidente e ex-CEO da Unimed Cuiabá, respectivamente, estão entre os alvos da Operação Bilanz, deflagrada nesta sexta-feira (30), que investiga um rombo de R$ 400 milhões na cooperativa de saúde, em Mato Grosso e Minas Gerais.

A reportagem entrou em contato com a defesa de Rubens, mas não obteve retorno até esta publicação. A reportagem tenta contato com a defesa de Eroaldo. Já a Unimed informou que ainda não vai se manifestar sobre o caso.

Segundo a PF, os alvos são investigados por suspeita de falsidade ideológica, estelionato, lavagem de dinheiro e organização criminosa, durante a gestão de 2019-2023.

Material encontrado durante a operação — Foto: Polícia Federal
Material encontrado durante a operação — Foto: Polícia Federal

A polícia também identificou indícios de práticas ilícitas relacionadas à gestão financeira e administrativa da entidade, incluindo a apresentação de documentos com graves irregularidades contábeis à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

Ao todo, foram cumpridos seis mandados de prisão temporária, além de mandados de busca e apreensão, afastamento de sigilos telemático, financeiro e fiscal, e sequestro de bens dos investigados, ainda de acordo com a PF.

Acordo

Em abril deste ano, foi firmado um acordo entre o Ministério Público Federal em Mato Grosso e a Unimed Cuiabá, que forneceu elementos para as investigações.

O acordo surgiu após investigações sobre possíveis obstáculos à fiscalização ANS, incluindo a apresentação de informações econômico-financeiras com graves irregularidades. Segundo o MPF, a Unimed Cuiabá reconheceu a participação em práticas irregulares e se comprometeu com as seguintes medidas:

  • Pagar multa de R$ 412,2 mil ao Fundo de Direitos Difusos e Coletivos
  • Implementar um programa de compliance de padrão internacional
  • Cooperar plenamente com as autoridades, incluindo investigações internas

 

suspeita de falsidade ideológica, estelionato, lavagem de dinheiro e organização criminosa, durante a gestão de 2019-2023 — Foto: Polícia Federal
suspeita de falsidade ideológica, estelionato, lavagem de dinheiro e organização criminosa, durante a gestão de 2019-2023 — Foto: Polícia Federal

Nome da operação

O termo em inglês significa balanço patrimonial, fazendo alusão às fraudes contábeis e documentais que a gestão da Cooperativa realizou durante a gestão de 2019-2023.

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