A Operação Jaguar I levou à prisão oito pessoas em julho de 2010. O réu também era responsável pela segurança do grupo de caçadores.
Um policial militar de Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá, foi condenado a 9 anos e quatro meses de prisão por corrupção passiva pela Justiça Federal de Mato Grosso. Ele foi acusado pelo Ministério Público Federal (MPF) depois de receber pagamento para hospedar estrangeiros que vieram ao Brasil praticar a caça ilegal, em 2010. A decisão também decretou a perda do cargo de policial.
Segundo o MPF, a denúncia surgiu a partir das investigações feitas durante a Operação Jaguar, em 2010 no município de Nova Santa Helena, a 622 km de Cuiabá. O réu, que também foi preso em flagrante na época, usou o cargo público de policial para obter vantagem, de forma consciente e voluntária.
Ele se associou a dois caçadores experientes para hospedar estrangeiros e era responsável pela segurança do grupo de caçadores. A sentença também destaca que o réu infringiu seu dever funcional, ao garantir a passagem tranquila do grupo de caçadores perante a Polícia Militar de Mato Grosso.
🐆Operação Jaguar
A Operação Jaguar tinha como objetivo combater a caça ilegal e os maus-tratos de animais silvestres, com destaque para a onça-pintada, animal reconhecido pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) como ameaçado de extinção.
Na época, oito suspeitos foram presos em flagrante e as equipes apreenderam peles e partes de animais silvestres, além de marfim, armas, munições e fotos de caçadas e de animais abatidos. Um vídeo feito por turistas estrangeiros mostrava um safári no Pantanal para caçar onças. Várias pessoas aparecem nas imagens guiando os caçadores e participando dos abates.