O prejuízo estimado às famílias é de R$ 170 mil, fora os gastos pessoais de cada aluno. A empresa nega a tentativa de golpe e afirmou que passa por problemas financeiros.
A formatura de cerca de 100 alunos e mais 600 convidados da Escola Estadual Adalgisa de Barros em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá, que deveria ter sido realizada nessa sexta-feira (20), foi cancelada após a empresa contratada para realizar o serviço não cumprir o que foi combinado em contrato. O prejuízo estimado às famílias é de R$ 170 mil, fora os gastos pessoais de cada aluno.
O possível golpe foi denunciado pela escola à Polícia Civil e agora o caso é investigado pela Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon). Segundo o delegado Rogério Ferreira, a mesma empresa já foi investigada em anos anteriores por fatos semelhantes.
Em nota, a empresa Eventeria Cia de Eventos esclareceu que “não houve, em nenhum momento, qualquer intenção de não honrar os compromissos ou agir de má-fé”, e que também “busca alternativas viáveis e justas”. As soluções estudadas são:
- o reagendamento do evento para uma nova data, garantindo a qualidade e os padrões de excelência que sempre nos caracterizaram;
- ou o plano de reembolso para os valores pagos.
A escola informou que a colação de grau dos estudantes foi realizada na sexta, mas não como estava prevista em contrato. A diretora da escola, Valdelice Holanda, contou faltaram canudos e as roupas específicas que seriam usadas pelos professores.
“Não encaminharam os diplomas que geralmente usamos na cerimônia. Também tivemos problemas com os pelerines dos profissionais, que ficaram todos sem. A parte de cerimonial não foi entregue”, explicou.
Logo após terem conhecimento do cancelamento do baile de formatura, os alunos procuraram Matheus Neponuceno Soares Costa, que se diz sócio da Eventeria Cia de Eventos. Em áudio por meio de um aplicativo de mensagem, ele afirmou não se tratar de um golpe, e que empresa passa por problemas financeiros.
Quando questionado que nem o local onde seria realizada a festa havia sido reservado, o sócio-proprietário, não respondeu.
“Foram 10 meses de R$ 230 pagos a essa empresa, e agora a gente foi lesado. Isso é destruir o sonho dos pais e dos filhos”, disse a servidora pública e mãe de aluno, Rosiley Rondon.
A diretora contou que a escola está tomando todas as medidas cabíveis para a situação, sendo a primeira delas um boletim de ocorrência. “Também contactamos um advogado para nos orientar e tentar uma liminar para o bloqueio de contas e possível ressarcimento”, disse a diretora Valdelice.