Após polêmica por cancelamento de livro em 2022, a drag queen e escritora de Mato Grosso, Nelly Winter, lançou uma nova obra na 27ª edição da Bienal Internacional do Livro, que ocorreu em São Paulo, neste mês. O manuscrito “Somos Coloridos” será oficialmente apresentado no Cine Teatro, em Cuiabá, no dia 2 de outubro, com sessão de autógrafos.
A autora contou que o livro é o quinto lançado por ela e a obra é um guia de letramento da comunidade LGBT+. Na obra, a autora compartilha a evolução da trajetória literária dela.
“O livro Somos Coloridos nasce de várias situações, inclusive desmistificar toda a nossa sopa de letrinhas da comunidade LGBTQIA+ para pessoas não LGBTs. Porque quem está dentro da comunidade sabe, mas quem está fora acha tudo confuso. É muito complexo todo o conteúdo”, ressaltou.
A trajetória de Nelly como drag queen começou em 2001. Tempo depois, precisou pausar algumas atividades para se dedicar ao Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) da primeira graduação na área de turismo.
Após um ano, ingressou na segunda graduação, focando em Publicidade e Propaganda e, posteriormente, realizou uma especialização no ensino superior. Já em 2020, durante a pandemia da Covid-19, Nelly começou a escrever um romance intitulado “O Abuso”, que aborda o tema de forma sensível com o intuito de conscientizar e educar a população sobre algo que, muitas vezes, passa despercebido.
“O livro tem um objetivo claro, conversar com pais e professores, mostrando que aquela criança pode estar sendo abusada sexualmente dentro de casa e os adultos não estão vendo. A narrativa segue a história de um menino de cinco anos que, ao longo dos anos, dá sinais de que está sofrendo abuso, mas os adultos à sua volta não percebem”, relatou.
Em dezembro de 2023, a Justiça de Mato Grosso determinou o Serviço Social do Comércio Administração Regional Mato Grosso, (Sesc) a indenizar, em R$ 5 mil, a drag queen Nelly Winter, por cancelar o lançamento do livro “Versa: Brados em Linhas”, em 2022.
Agora, dois anos depois do ocorrido, Nelly contou que, na época, enfrentou uma síndrome do pânico, passando seis meses longe de casa. Ela relatou que recebeu diversas mensagens e ligações solicitando que se calasse e alegasse que tudo não passava de uma brincadeira.
Quando a justiça determinou que uma indenização fosse paga devido ao ato de homofobia, a autora ressaltou que a questão não era apenas o cancelamento do evento, mas sim como foi tratada por ser uma drag queen, “o que entrou em questão não era se o evento ocorreria, mas a forma como eu fui tratada”.
Nelly Winter começou a carreira artística como Drag Queen em 2001, animando festas. Ao longo do tempo, ela se tornou uma militante, palestrante, mestre de cerimônias, podcaster, escritora e poetisa, engajada em discutir temas tabus na sociedade.
Em 2006, conquistou o título de Miss Drag Queen. Apesar de ter enfrentado censura, nunca desistiu dos objetivos. Nos anos de 2022 e 2023, participou das antologias poéticas “Versa – Bardos Em Linhas” e “Rimas – Versas e Bardos”. Além disso, colaborou com outras quatro drag queens para publicar o livro “Drag Queens – Arte, Cultura e Sociedade”.
Em 2024, ela organizou e publicou poemas na antologia “Menestrel – Bardos, Versos e Rimas”, todos lançados pela Umanos Editora.
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