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Documento que interdita região do Portão do inferno na MT-251é atualizado e permite tráfego em dias úteis | Mato Grosso

A portaria que interdita o tráfego de veículos de carga na região do Portão do Inferno na MT-251, em Chapada dos Guimarães, a 65 km de Cuiabá foi atualizada, nesta quarta-feira (13). Na nova versão, fica permitido o trânsito de veículos de carga com até 14 metros de comprimento, 29 toneladas de peso bruto total, além de permitir que veículos passem pelo local em dias úteis e em outros trechos da rodovia.

Na manhã desta quarta, a Secretaria Estadual de Infraestrutura e Logística (Sinfra-MT) publicou o documento que interditava o trânsito de veículos de carga no trecho da rodovia que liga Cuiabá com Chapada dos Guimarães por tempo indeterminado. Mas a portaria foi atualizada horas depois.

Segundo o documento, a decisão foi tomada após o aumento significativo no fluxo de veículos de carga nas rodovias estaduais, o que causa degradação precoce do pavimento e o estremecimento da rodovia gerando constantes deslizamentos no Portão do Inferno.

Agora, fica permitido o trânsito de veículos de carga, com autorização da Sinfra:

  • A partir do entroncamento com a MT-351 no km16, trevo do Manso, até o km 45, no terminal turístico da Salgadeira e no perímetro urbano de Chapada dos Guimarães até o entroncamento com a Rodovia MT 020, na estrada da Água Fria.
  • Com dimensões máximas até 14 metros de comprimento, 29 toneladas de peso bruto total, PBT e com 4 eixos.
  • Permitido o trânsito do amanhecer ao pôr do sol, somente em dias úteis, não sendo permitido o trânsito nos finais de semana e feriados.

 

🚧Os deslizamentos

 

A região do Portão do Inferno, na MT-251, em Chapada dos Guimarães, a 65 km de Cuiabá registrou dois deslizamentos de terra em menos de 24 horas. Na tarde de segunda-feira (11), motoristas que passavam no local gravaram parte das rochas caídas na pista. À noite, outro vídeo mostra policiais atuando na liberação da via, bloqueada por outro deslizamento. (Veja vídeo abaixo)

VIDEO:

 

Os vídeos mostram os veículos transitando na estrada, que não possui nenhuma proteção.

Em menos de 24h, Portão do Inferno registra dois deslizamentos de terra

Relatório

 

Em novembro, um relatório divulgado e feito por uma empresa de consultoria especializada apontou rachaduras e quedas de rochas recentes na MT-251.

🚧O relatório identificou 10 locais com riscos de acidente geotécnico e constou risco de deslizamento desde 2021.Três pontos são considerados de criticidade elevada. O documento cita que as rochas apresentam folhelhos alternados com arenitos e que o sistema é muito drenante, fazendo com que a água se infiltre.

Pontos 7, 8 e 9, considerados os os mais críticos, segundo relatório — Foto: Azambuja Engenharia e Geotecnia
Pontos 7, 8 e 9, considerados os os mais críticos, segundo relatório — Foto: Azambuja Engenharia e Geotecnia

O local abrange o Parque Nacional de Chapada dos Guimarães, que é administrado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

O ICMBio informou por meio de nota que recebeu os relatórios de análise de medidas de redução de riscos na rodovia e que no início de dezembro realizou uma reunião com a Sinfra, em que ficou decidido que o licenciamento das obras propostas é de responsabilidade do órgão estadual e deve ser feito junto ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

A Secretária Adjunta de Obras Rodoviárias da Sinfra-MT, Nivea Calzolari, alertou os motoristas que trafegam pela região, pedindo para que observem bem a localidade, se atentando principalmente à velocidade e que redobrem o cuidado em dias de chuva.

O prefeito de Chapada dos Guimarães, Osmar Froner de Mello (MDB), disse que entende que a faixa de domínio é de uso comum da população e solicita junto ao ICMBio a liberação de uma medida judicial para garantir que o estado cuide da rodovia e permita que o trânsito flua de forma segura e contínua.

“O acesso de ligação do município de Chapada dos Guimarães com a capital é pela MT-251 passando pelo Portão do Inferno. Precisamos de uma resposta do ICMBio para não prejudicar a economia e o turismo de Chapada, além dos municípios vizinhos do sul e do leste mato-grossense”, disse.

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