O Dia Internacional da Mulher, comemorado nesta sexta-feira (8), levanta debates sobre os desafios do gênero na sociedade. Em entrevista a artistas mato-grossenses que integram diversos estilos musicais e contam como é ser mulher neste cenário.
A cantora de samba, Pacha Ana, natural de Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá, contou que, apesar do envolvimento e do interesse pela música desde cedo, não esperava ser cantora por causa da timidez. Para ela, foi desafiador enfrentar um cenário em que o talento apenas não basta, já que a mulher sempre foi relacionada às tarefas domésticas.
“Como é um conhecimento que por muito tempo ficou na mão dos homens, foram eles os grandes produtores e empresários. Então ficou tudo muito difícil para nós mulheres. Sempre ligam o nosso talento com ser mãe, ser esposa e ainda assim conseguir lidar com a carreira. A minha maior dificuldade foi na produção musical”, explicou.
Pacha também foi responsável por lançar o primeiro disco de rap feminino, em Mato Grosso.
A DJ Karine Bueno, que se divide como motorista de aplicativo, acredita que, apesar das dificuldades e passos lentos, o cenário musical está mudando.
“Quando comecei a tocar, senti dificuldade, porque não tinha muito espaço, não tinha tanta festa. Hoje em dia tem bastante procura das meninas e já vejo várias artistas que começaram a tocar”, pontuou.
A cantora pop e empresária cuiabana, Stanya Cavalcante Leal, que canta desde os 7 anos, afirmou que o início da carreira também foi desafiador.
“Cantava em bares e restaurantes sem receber nada, apenas pensando no networking”, relembrou.
Para ela, o maior objetivo é “cantar para o máximo de pessoas que eu conseguir e levar o amor através da música”.
Vanessa da Mata é outra artista de sucesso que saiu de Mato Grosso para conquistar o país. Cantora, compositora escritora, ela tem mais de 20 anos de carreira. Seu décimo álbum, “Vem Doce”, foi lançado no dia 8 de março de 2023, em homenagem às mulheres.
Outra cantora que desafia padrões e luta pela representatividade da mulher no meio artístico é Anitta. Ela declarou que, apesar do sucesso hoje, ela pensou em desistir da carreira por não ter sido ouvida e tratada com respeito.
“A mulher sempre tem mais dificuldade. Principalmente, pela forma como eu escolhi trabalhar. Eu escolhi usar a sensualidade, dançar. A mulher tem dificuldade de entrar no mercado. Sempre tem aquela coisa de ‘Ah, é mulher, deixa ela falar’”, afirmou a cantora durante uma palestra na Rio Innovation Week, em outubro do ano passado.
O Dia Internacional da Mulher foi celebrado, pela primeira vez, no dia 8 de março de 1911 na Áustria. A homenagem foi uma ideia da ativista e defensora dos direitos das mulheres: Clara Zetktin.
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