O governador Mauro Mendes, afirmou estar preocupado com a reforma tributária, que deve ser votada no Senado Federal na próxima semana. Na última quarta (1º), o gestor do Estado, esteve em Brasília, onde se reuniu com o senador Eduardo Braga, relator do projeto de lei no Senado, a senadora Margareth Buzetti e o senador Mauro Carvalho. Durante a reunião, foram discutidos os possíveis impactos e mudanças que a nova legislação tributária poderá trazer para Mato Grosso.
O senador Eduardo Braga, representante do Amazonas, apresentou um relatório alternativo à proposta inicial da reforma tributária perante a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) na quarta-feira passada (25). O presidente da CCJ, Davi Alcolumbre, concedeu um período de análise para os senadores antes da discussão e votação previstas para o dia 7 de novembro, às 9h. O objetivo é devolver a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) à Câmara dos Deputados até 10 de novembro, conforme um acordo entre lideranças partidárias e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco.
No entanto, o governador Mauro Mendes não participará das discussões e votação do texto, pois estará em viagem à Ásia. Ele expressou sua preocupação com o conteúdo do projeto, enfatizando que o mercado está apreensivo com o déficit fiscal no Brasil. Segundo Mendes, a alta taxa de juros no país é uma consequência do governo federal, que é o maior tomador de empréstimos e que não consegue cumprir suas obrigações financeiras. Isso resulta em um ciclo de aumento do déficit e, consequentemente, empréstimos adicionais, o que encarece as taxas de juros para todos os brasileiros.
O governador destacou que essa situação tem um impacto direto na economia, uma vez que a maioria das pessoas não pode pagar à vista por bens como motocicletas, casas e compras com cartão de crédito devido aos juros elevados. Ele atribuiu esse problema às décadas de gastos excessivos e ineficientes do governo federal.
O senador Eduardo Braga, por sua vez, informou que foram apresentadas cerca de 700 emendas à reforma tributária, mas não é possível afirmar que um acordo tenha sido alcançado até o momento. Ele ressaltou que a matéria é complexa e sujeita a muitos interesses, e que a votação ainda está em processo de construção.
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