Deputados tem acordo e eleição da mesa diretora da Assembleia Legislativa é antecipada para agosto I MT

Os deputados da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) bateram o martelo e decidiram antecipar as eleições para a Mesa Diretora, que ocorreria em setembro, para a primeira quinzena de agosto. A definição ocorreu após um consenso entre os parlamentares.

A reportagem apurou que a pressão para o cargo de primeiro-secretário foi intensificado após o jantar realizado na semana passada, na casa do deputado Drº Eugênio (PSB), com 15 parlamentares, que praticamente encaminharam a formação da chapa com Max Russi (PSB) presidente, Júlio Campos (União) de vice, e a deputada Janaina Riva (MDB) na primeira-secretaria.

Após a reunião, o deputado estadual Beto 2 a 1 (União), que não foi convidado para o jantar, reafirmou a sua intenção de disputar a primeira-secretaria.

A conjuntura indica que a eleição da Mesa Diretora pode interferir no processo eleitoral de 2026. Mesmo Beto e Janaina, sendo da base governista, só que ele mais próximo do núcleo duro do Palácio Paiaguás.

A pressão também chegou ao atual presidente da Assembleia, Eduardo Botelho (União) que, diante do caso, decidiu ficar de fora da disputa, alegando que por ser pré-candidato a prefeito de Cuiabá não quer se indispor com os parlamentares. Quem tiver o maior número de votos, vence. Falei para o Max ficar de fora também e deixar isso para os deputados resolverem, disse Botelho na manhã de quarta-feira (3).

Apesar das movimentações, o pano de fundo do interesse do Paiaguás seria a disputa de 2026. A deputada Janaina Riva se lançou com pré-candidata ao Senado, o que a torna uma adversária do governador Mauro Mendes (União), que deverá disputar uma das duas vagas também.

A eleição de Janaina para a primeira-secretaria da Assembleia fortalecerá o seu projeto político e embolaria a disputa, já que também existem outros nomes, como o deputado federal José Medeiros (PL) com apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), além do senador Jayme Campos (União) e o ministro Carlos Fávaro (PSD), que poderão tentar à reeleição.

Oficialmente, o discurso adotado como justificativa para a antecipação será por causa das eleições municipais, onde os parlamentares estarão participando em campanha em suas bases eleitorais.