Eles são suspeitos de conceder vantagens indevidas para liberação de bens apreendidos e exigir pagamento de “diárias” para hospedagem de presos. Ao todo, a polícia deve cumpriu 12 ordens judiciais durante operação.
Um delegado e um investigador de polícia do município de Peixoto de Azevedo, a 692 km de Cuiabá, foram presos preventivamente nesta quarta-feira (17), durante a Operação Diaphthora, que investiga o envolvimento de policiais civis, advogados e garimpeiros em um esquema de corrupção passiva, associação criminosa, advocacia administrativa e assessoramento de segurança privada.
Ao todo, foram cumpridos dois mandados de prisão preventiva, sete de busca e apreensão e três medidas cautelares. Segundo a Polícia Civil, as investigações começaram depois de denúncias que apontavam o envolvimento dos servidores e garimpeiros e que caracterizavam uma associação criminosa no município.
De acordo com a polícia, todos os esquemas levam à conclusão de que existia um “gabinete do crime”.
Entre os crimes praticados pela associação criminosa, estão o pagamento de vantagens indevidas para liberação de bens apreendidos, exigência de pagamento de “diárias” para hospedagem de presos no alojamento da delegacia e pagamentos mensais sob a condição de decidir sobre procedimentos criminais em trâmite na unidade policial.
Nome da operação
O nome da operação faz referência ao termo grego de corrupção, cujo significado está atrelado à ideia de um organismo vivo que entra no corpo humano causando destruição dos órgãos. Segundo a Polícia Civil, são as consequências da corrupção quando praticada por servidores públicos e seus efeitos desastrosos no órgão público, ferindo a integridade pública.