O delegado Nilson Farias desistiu de indiciar a empresária Maria Angélica Caixeta Gontijo, suspeita de mandar matar o advogado Roberto Zampieri, de 57 anos, no dia 5 de dezembro. O comunicado foi feito nesta quinta-feira (1°), após o depoimento do coronel do exército preso suspeito de financiar o crime.
A reportagem tenta contato com a defesa dos citados.
Segundo o delegado, não existem provas de que a empresária tenha encomendando o assassinato e, com isso, a polícia busca entender qual foi a motivação e o suspeito de encomendar o crime.
Ainda de acordo com o delegado, após o depoimento do coronel, algumas suspeitas foram levantadas e foi feito o pedido de conversão da prisão do suspeito de temporária para preventiva.
Maria Angélica foi presa no dia 20 de dezembro, em Patos de Minas (MG), mas conseguiu liberdade após decisão da Justiça no dia 18 de janeiro.
Conforme a Justiça, a soltura da empresária aconteceu pois, ao analisar a situação apresentada, o juiz observou que não foram atendidos, de forma simultânea, todos os critérios estabelecidos pelo Supremo Tribunal Federal, sendo eles:
Segundo a Polícia Civil de Mato Grosso, ela era investigada suspeita de ter ordenado o assassinato do advogado após ter perdido uma disputa judicial por uma fazenda de cerca de 20 mil hectares no município de Ribeirão Cascalheira, região do Vale do Araguaia. O advogado assassinado era a parte contrária na ação.
O advogado Roberto Zampieri foi morto com 10 tiros dentro do próprio carro em frente ao escritório, em Cuiabá. Uma câmera de segurança registrou o momento do crime. Ele foi surpreendido por um homem de boné, que disparou pelo vidro do passageiro, e fugiu em seguida.
As equipes de socorro médico foram até o local, mas a vítima não resistiu aos ferimentos e morreu. O suspeito chegou a ficar cerca de uma hora aguardando a vítima sair do local.
De acordo com o delegado, o suspeito utilizou uma caixa revestida com saco plástico para esconder a arma do crime, e que o objeto também pode ter sido usado para abafar o som dos disparos.
Um coronel do Exército Brasileiro foi preso, na última segunda-feira (15), suspeito de financiar a morte do advogado. O suspeito foi preso pela Polícia Civil, em Belo Horizonte, Minas Gerais.
O suspeito de atirar contra o advogado foi preso no dia 20 de dezembro, no município de Santa Luzia, região metropolitana de Belo Horizonte. Segundo o delegado, o homem confessou que atirou contra Roberto. O atirador vigiou a vítima por 30 dias antes do crime.
Já o suspeito de ser o intermediário foi preso dois dias depois, em Belo Horizonte. Segundo a Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o intermediário contratou o atirador, pelo valor de R$ 40 mil.
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