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Defensoria Pública da União pede ao governo de MT para retirar invasores que desmatam e exploram a Terra Indígena Kawahiva | Mato Grosso

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A Defensoria Pública da União (DPU) pediu ao governo de Mato Grosso, nessa quarta-feira (13), para que retire imediatamente os invasores que desmatam e exploram madeira ilegal na Terra Indígena Kawahiva do Rio Pardo, na divisa com a reserva extrativista Guariba-Roosevelt, em Colniza, a 1.065 km de Cuiabá.

A reportagem procurou o governo estadual, mas, até a última atualização desta reportagem, não houve retorno.

Já a presidente da Federação dos Povos Indígenas de Mato Grosso (FepoiMT), Eliane Xunakalo, informou  que apoia essa recomendação da DPU para proteger a vida dos povos originários que vivem isolados.

“Precisa efetivamente que o estado de Mato Grosso proteja os povos indígenas, especialmente neste caso os isolados, com essa ação de tirar os invasores da divisa, que é uma porta de entrada para a exploração do território dos parentes, colocando em risco a vida deles”, afirmou.

A Defensoria estabeleceu um prazo de 15 dias para que o governo tome medidas para atender o pedido, para evitar uma situação de risco aos povos isolados.

O documento ainda pede para que sejam feitas ações para interromper o desmatamento e a extração ilegal de madeira na região.

Terra Indígena Kawahiva do Rio Pardo está localizada em Colniza (MT); foto tirada em 2015 — Foto: Jair Candor/Funai
Terra Indígena Kawahiva do Rio Pardo está localizada em Colniza (MT); foto tirada em 2015 — Foto: Jair Candor/Funai

Em 2018, o mesmo território foi ocupado por um grupo de invasores que chegou a construir casas no local. Eles foram retirados depois de uma ação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama).

No ano passado, a Força Nacional de Segurança Pública foi mobilizada para proteger o povo Kawahiva e, também, o povo Piripkura. Na ocasião, os indígenas eram pressionados por madeireiros e grileiros.

A área foi declarada de posse permanente do povo Kawahiva, que vive isolado na região, no dia 20 de abril de 2016, pelo Ministério da Justiça. Mesmo assim, a terra continua sendo invadida.

*Sob supervisão de Kessillen Lopes

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