A ampliação da rede de atendimento psicossocial para todo estado é um dos principais objetivos do Plano de Ação apresentado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES), durante reunião da Câmara Setorial Temática (CST) sobre a Efetivação da Política de Saúde Mental em Mato Grosso, realizada na manhã desta segunda-feira (19), na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT). “O trabalho da Secretaria de Saúde é altamente técnico e traz muitas informações e dados que permitem avançar ainda mais nas políticas de atenção à saúde mental no estado”, afirmou o presidente da CST, deputado Carlos Avallone (PSDB).
“Os avanços têm sido muito grandes. O que não andou nos últimos trinta anos, já alcançamos em resultados em um ano em meio de CST e pretendemos avançar muito mais”, avaliou o presidente. “Existe uma parceria muito grande da Assembleia com o Estado e outros órgãos, como o Ministério Público, para ampliação do atendimento especializado em saúde mental composta de diversos serviços. Esse trabalho conjunto é que está garantindo todo esse resultado que estamos vendo”, explicou Avallone.
O atendimento primário por meio dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) é um dos principais desafios que está sendo superado, com abertura de novas unidades, conforme explicou Valéria Vuolo, da Referência Técnica Secretaria de Estado de Saúde. “Nós identificamos que o CAPS é o serviço essencial para condução da política nacional. Então houve todo um investimento no CAPS para que ele retomasse esse lugar de cuidado”, explicou.
A abertura de novos CAPS só foi possível a partir do trabalho realizado pela comissão, que conseguiu diagnosticar a situação no estado e apresentar propostas, conforme avaliou o promotor de justiça Milton Mattos. “O trabalho da comissão de Saúde Mental tem uma relevância imensa para a mudança na forma como o próprio estado lida com a saúde mental”, avaliou. Segundo ele, foi a partir do trabalho conjunto com a comissão que se conseguiu identificar as deficiências na rede de atenção psicossocial de todo estado, sendo que um dos grandes problemas identificados foi baixo financiamento. “Houve uma conversa com o governador para derrubar um veto e garantir mais recursos, que estão sendo investidos na ampliação da rede de atendimento”, concluiu.
A ampliação de leitos para atendimento hospitalar em Cuiabá, específico para atendimento de urgência, atendimento a pessoas com sofrimento ou transtorno mental, é outro desafio discutido e que, segundo o presidente da comissão, já está sendo trabalhada uma solução. “Estamos com essa demanda bem encaminhada e existe uma proposta que deve ser efetivada ainda esse ano”, adiantou.
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