O curta “Flor Cuiabana” retrata a cultura mato-grossense e traz como história a inclusão de uma mulher transgênero dentro de um grupo tradicional de Siriri, dança típica da região.
O coletivo LGBTQ de Audiovisual Matogrossense “MT Queer” venceu a categoria de Melhor Roteiro de Drama do festival de websérie Rio Webfest, no final de novembro.
O curta “Flor Cuiabana” retrata a cultura mato-grossense e traz como história a inclusão de uma mulher transgênero dentro de um grupo tradicional de Siriri, dança folclórica da Região Centro-Oeste do Brasil, e faz parte das festas tradicionais e festejos religiosos.
O diretor e roteirista do grupo, Elton Martins, conta que a vitória do grupo foi apertada, já que a categoria é muito concorrida.
“Vencemos uma categoria de roteiro com pessoas do mundo inteiro, estávamos disputando com uma galera forte do Canadá, que ganharam tudo, mas a categoria de melhor roteiro veio para Cuiabá”, disse.
Assim como um dos personagens do curta, a atriz Naelly Podolsck é uma mulher trans, e ao longo da vida, já enfrentou muitos desafios.
“Pra mim foi um presente muito grande. Até então eu não estava conseguindo trabalhar por causa da minha outra profissão como subchefe de cozinha, mas veio essa oportunidade cheia de desafios e aceitei. Tive que ‘voltar a ser menino’ e usar um bigodinho”, relembra.
O sonho do grupo começou em 2018, em uma casa que fica na periferia de Cuiabá. Na residência, todas as pessoas recebem acolhimento e compartilham os objetivos.
Depois da conquista, o grupo foi selecionado para representar o Brasil na copa do mundo dos festivais, em Nova Jersey, nos Estados Unidos. Ainda de acordo com o diretor do coletivo, o desafio agora é conseguir apoio financeiro para participar do festival e, quem sabe, trazer mais um prêmio para Mato Grosso.