A gerente de 20 anos agredida na cabeça com um banco de madeira em uma casa noturna, em União do Sul, a 689 km de Cuiabá, se mudou de Mato Grosso por não se sentir mais segura após o caso.
O ataque ocorreu na madrugada do dia 15 de janeiro, mas ganhou repercussão nesta quarta-feira (22), depois que imagens de câmera de segurança que mostram o momento da agressão foram divulgadas nas redes sociais (assista abaixo).
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A reportagem tenta localizar a defesa de Raimundo Antunes da Silva, de 45 anos, que teve o flagrante convertido em prisão preventiva. De acordo com a Polícia Civil, ele foi autuado pelo crime de tentativa de homicídio doloso por motivo fútil.
Segundo a vítima, que não quis ter a identidade divulgada, ameaças feitas por Raimundo após as agressões a deixaram com sensação de insegurança e a levaram ao afastamento do trabalho e do estado.
“Quando entrou na viatura ele jurou que assim que saísse iria me matar e durante o depoimento, ouvi ele dizendo ao policial que quatro ou cinco anos de prisão para ele não eram nada. Por isso saí de Mato Grosso, não sei se a lei vai ser cumprida ou não, vai que ele sai [da cadeia] e me acha”, desabafou a gerente.
De acordo a Polícia Militar, Raimundo estava alcoolizado e, após o ocorrido, fugiu para uma região de mata, mas foi localizado, preso e encaminhado para o presídio de Cláudia, a 608 km da capital.
O suspeito já tinha passagens criminais por outra tentativa de homicídio no município de Água Boa, a 736 km de Cuiabá, em fevereiro de 2024.
A Polícia Civil informou que o inquérito sobre o crime está em andamento.
De acordo com a vítima, a agressão aconteceu após o cliente se irritar ao errar a senha do cartão e não conseguir pagar a conta do estabelecimento. Ela contou que foi a primeira vez que o suspeito foi à boate. De acordo com a gerente, ele chegou por volta das 20h e pediu uma dose de uísque.
“Alguns amigos do trabalho dele chegaram e começaram a beber, estava todo mundo brincando. Ele veio ao balcão para acertar a conta e estava errando a senha. Enquanto isso, eu estava conversando com outra pessoa e ele me mandou calar a boca, dizendo que a culpa do cartão não passar era minha”, relatou.
A partir daí, as provocações e xingamentos teriam começado. Ainda de acordo com a vítima, Raimundo teria comentado que o bar seria melhor sem a gerente, além de ter xingado e a encarado por diversas vezes, até o momento da agressão.
“Ele falou para um dos amigos ‘quer ver eu matar essa menina?’, mas eu levei na brincadeira, quando assustei, já estava sendo atingida pelo banco”, contou.
A gerente levou sete pontos na cabeça e aguarda o resultado do exame de tomografia.
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