Aeroporto para alienígenas, cidade perdida e espíritos obsessores, esses são apenas alguns dos mistérios que assolam o território da Serra do Roncador, em Barra do Garças, a 516 km de Cuiabá, que tem o único discoporto do mundo. Há vários relatos de moradores e visitantes, histórias e livros que falam sobre a cidade, no entanto, não há pesquisa científica que comprove presença paranormal e a existência de seres extraterrestres na região.
Uma das pessoas que teria visto essas aparições paranormais foi o jornalista e pesquisador Genito Santos, que estuda a região há cerca de 15 anos. Ele contou ter presenciado situações com objetos voadores não identificados.
“Em 2007, estávamos no Alto da Serra do Roncador para gravar um material para a TV local. Ficamos lá por dois dias e, no terceiro dia, ao retornar, avistamos um grande objeto no céu. Ele nos seguiu por cerca de três minutos. Era um objeto amarelado-avermelhado que vibrava”, relatou.
Genito também disse que há outras pessoas que moram no município que já presenciaram ou viram os famosos extraterrestres e que, inclusive, eles não são verdes como os esteriótipos ilustram.
“Um morador daqui da região disse que já deu carona para um E.T e que ele tinha uma cor prateada, com cerca de 1,90 de altura, olhos bem grandes e braços alongados. Essa cidade realmente é especial, pois são várias pessoas que relataram já ter visto essas aparições paranormais”, afirmou.
Em meio à tantas histórias e diversas perguntas sem respostas, o indigenista José Eduardo da Costa escreveu e publicou o livro “Caminhos do El’Dorado”, falando sobre a famosa cidade do ouro, que é conhecida no mundo todo, mas, segundo antigas histórias de comunidades indígenas, está escondida em algum lugar da estrada que vai de Mato Grosso até à Cordilheira dos Andes, o que dá um trajeto de cerca de 3 mil quilômetros.
Além disso, a Serra do Roncador possui uma curiosidade mais inusitada ainda: o personagem Indiana Jones foi inspirado no arqueólogo Percy Fawcett, que foi enviado a Barra do Garças, em 1905, pela Coroa Britânica de Londres, mas desapareceu ao organizar uma expedição para procurar por uma civilização perdida no local.
De acordo com o livro, a Serra do Roncador e a Cordilheira dos Andes são lugares muito especiais e repletos de histórias, mitos e lendas, tanto que muitos moradores de Barra do Garças acreditam que esses lugares estejam ligados por energias cósmicas.
“É possível entrever uma constelação sistêmica de diversos centros cerimoniais, marcada por interlúdios contidos nas narrativas sagradas intersubjetivas aos diferentes grupos étnicos e sociais que compõem o trajeto Roncador-Andes”, diz trecho do livro.
O autor contou que, por mais que o mito do El’Dorado seja fantasioso, o Percy Fawcett realmente veio a Mato Grosso em busca de cidades subterrâneas.
“Ele buscava a entrada para cidades subterrâneas no Roncador. Percy acreditava que essas cidades eram ligadas ao mito do El’Dorado. Para muitas pessoas, esses mitos são realidades espirituais. Eles conectam histórias de riquezas e espiritualidade, como o El’Dorado e cidades resplandecentes”, disse.
Com tantas lendas e relatos, diversos pessoas que moram da região já disseram terem visto luzes brilhantes e presenças sobrenaturais no município, que acreditam ser alienígenas e, por isso, a Prefeitura de Barra do Garças criou o primeiro discoporto do mundo, no caso de algum extraterrestre precisar estacionar a nave, em uma suposta visita.
O discoporto existe desde 1995, mas estava fechado há seis anos para reforma. O lugar faz parte da história do município e carrega um pouco do misticismo que ronda a cidade, já que relatos sobre Ovnis (objetos voadores não-identificados) são constantes, segundo os moradores.
O livro ‘Caminhos do El’Dorado’ ainda fala sobre um caminho que liga a Serra do Roncador diretamente aos Andes. Um fato que poucos desconhecem é que, segundo o autor do livro, é possível encontrar diversas organizações místicas que estudam mitos incas e mantêm conexões com os Andes, na Serra do Roncador.
Na obra é abordado que místicos acreditam que essa região está conectada por caminhos invisíveis de energia com os Andes, incluindo acessos para cidades subterrâneas como Agartha – suposta cidade subterrânea ou civilização oculta que vive abaixo da superfície da Terra.
Além disso, o indigenista relatou que tem um símbolo importante associado ao povo inca – maior império da América pré-colombiana – que possui uma conexão com o Roncador.
“O Roncador é um dos lugares que teriam uma passagem, um inframundo na sociedade figueira. Os incas tem um peitoral todo de ouro que a figura é um jaguar. A história conta que existem 13 desses peitorais, sendo que um fica em Cuzco, no Peru. Quando era reinado, eles usavam esse peitoral ao invés de uma coroa. E ainda tem um com uma constelação de óleo, com o Jaguar, que dizem que está escondido em algum lugar do roncador, que é associado a vibrações e a constelação de Órion”, complementou.
José Eduardo falou sobre a importância de se discutir mitos ancestrais e descobertas científicas modernas, destacando os aspectos culturais e espirituais das civilizações antigas. Ele argumentou que, embora a ciência tradicional muitas vezes desconsidere essas histórias e mitos, elas possuem um valor significativo que merece ser explorado e reconhecido.
“As evidências são mais culturais e espirituais. As histórias e mitos são fortes, mas a ciência tradicional muitas vezes não as reconhece. A física quântica abre a mente para novas possibilidades, como a existência de realidades paralelas e portais. Isso se alinha com muitas crenças indígenas e esotéricas”, contextualizou.
Para Eduardo, contar essas histórias é uma forma de preservar e fomentar a cultura local, especialmente através do turismo. Um exemplo disso, é Chapada dos Guimarães e Barra do Garças, que são regiões muito ricas e conhecidas pelos mitos e contos místicos.
“Existem pontos comuns entre diferentes culturas. Antigos mapas mostram caminhos como o Peabiru, que conecta regiões da América do Sul. O Peabiru é um caminho dos Andes ao Brasil. Ele é feito de pedra ou grama especial para manter a trilha aberta. Foi usado por indígenas e colonizadores”, contou.
O pesquisador também explicou sobre as formações rochosas e monólitos na Serra do Roncador, onde pinturas antropomórficas revelam as cosmovisões dos povos indígenas. Ele disse que a interpretação dessas pinturas deve considerar a perspectiva indígena, além da arqueologia e antropologia tradicionais.
“Existem relatos sobre expedições desaparecidas, incluindo a de Fawcett. Há também histórias de seres encantados e avistamentos misteriosos. Um pajé, por exemplo, falou sobre uma lagoa encantada onde luzes sobem e descem, e uma caverna com três buracos onde dizem morar seres encantados. Uma das cavernas supostamente leva ao “Portão do Inferno”, concluiu.
Na Serra do Roncador, lendas ancestrais se entrelaçam com a realidade, tecendo um véu de mistério que intriga pesquisadores e visitantes há décadas. Entre os relatos mais impressionantes, figuram os relatos de aparições de espíritos obsessores, entidades que, segundo a crença popular, vagam pela região aprisionadas em um plano espiritual inferior.
As histórias sobre esses espíritos variam em detalhes, mas convergem em um ponto central: a presença de uma energia negativa que se manifesta em diferentes formas, desde aparições fantasmagóricas até eventos inexplicáveis e sensações de profundo desconforto. Alguns relatos mencionam a presença de vultos negros à noite, enquanto outros falam de vozes fantasmagóricas e objetos que se movem sozinhos.
Apesar da falta de comprovação científica, os relatos sobre os espíritos obsessores da Serra do Roncador continuam a despertar a curiosidade de muitos e, por isso, a região é um destino popular para turistas que buscam experiências paranormais, segundo agências de viagens do município.
Ao sul da Serra do Roncador, às margens do rio Araguaia, encontra-se Barra do Garças, um pólo ecológico e esotérico, como aponta o livro. Perto da cidade, no Parque Estadual da Serra Azul, além de cachoeiras e trilhas, existem sítios arqueológicos como a Caverna dos Pezinhos, com diversas marcas de pés gravadas na rocha.
No Vale do Sonho, próximo ao Bico da Serra, viveu Udo Luckner, fundador do Monastério Teúrgico do Roncador e descobridor da entrada para a cidade subterrânea de Letha, onde está localizada a Gruta da Estrela Azul, com várias inscrições rupestres.
A região que vai do rio das Garças até Chapada dos Guimarães é caracterizada pelo encontro do planalto com escarpas que vertem águas em direção ao Pantanal. Esse território, dominado pela etnia Boe-Bororo, é rico em rios, cachoeiras, grutas e sítios arqueológicos, com morros de beleza singular e colorações que remetem a lugares míticos e de culto à ancestralidade. Esses elementos naturais e culturais tornam a área um ponto de interesse para turistas e estudiosos.
Além de sua beleza natural, a área é de grande importância histórica e cultural. Os Boe-Bororo, que habitam a região, preservam suas tradições e rituais ancestrais, mantendo viva a conexão com seus antepassados. A diversidade de paisagens e a riqueza arqueológica fazem dessa região um local especial, onde a natureza e a história se entrelaçam de forma única, atraindo visitantes de todo o mundo em busca de conhecimento e espiritualidade.
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