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Censo 2022: maioria dos municípios de MT se declaram pardos; veja lista | Mato Grosso

A maioria dos municípios de Mato Grosso se declara pardo, segundo os dados do Censo 2022 divulgados nesta sexta-feira (22) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em nível nacional, pela primeira vez o número de brasileiros que se declaram pardos cresceu 11,9% desde 2010, passou o de brancos e se tornou o maior grupo racial do país.

O número de mato-grossenses que se declaram pardos cresceu 28% desde 2010, e subiu de 15,9 mil para 20,4 mil em 12 anos.

Segundo os dados, os pardos são a maior parte da população em 3.245 dos 5.570 municípios do país, equivalente a 58% do total. Em segundo lugar, está a população branca, maioria em 2.283 municípios, seguida da indígena e preta. Os amarelos não são maioria em nenhuma cidade brasileira.

Veja abaixo os municípios de MT com as maiores proporções de pardos

  1. Cuiabá  357.445
  2. Várzea Grande – 190.304
  3. Rondonópolis – 131.897
  4. Sinop – 100.277
  5. Cáceres – 56.635

 

O único município do estado em que a maior parte da população se declarou como branca foi Terra Nova do Norte, a 648 km de Cuiabá.

Dois municípios se destacaram com a maioria da população se declarando como indígena: Campinápolis, a 565 km de Cuiabá , com 8,4 mil, e Nova Nazaré, a 800 km de Cuiabá, com 1,7 mil.

A coleta do Censo Demográfico é realizada por meio de entrevista presencial, aplicando-se o questionário a todas as pessoas residentes em todo o território nacional.

As raças por regiões

  • Os pardos são a maioria da população Nordeste (59,6%), do Norte (67,2%) e do Centro-Oeste (52,4%).
  • Os brancos são a maioria na região Sul (72,6%), e quase a metade da população do Sudeste (49,9%).
  • As regiões com maiores concentrações de população preta são o Nordeste com 13% e o Sudeste, com 10,6%.
  • Já os amarelos têm maior concentração no Sudeste (0,7%) e Sul, Centro-Oeste, com 0,4%, mesmo peso relativo nacional.

 

🌳Amazônia Legal

 

A Amazônia Legal apresenta uma área de 5.015.067.86 km2 , correspondendo a cerca de 58,93% do território brasileiro e corresponde à área de atuação da Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (SUDAM). A região foi instituída com o objetivo de definir a delimitação geográfica da região política de atuação da SUDAM e promover o desenvolvimento includente e sustentável de sua área de atuação.

A região é composta por 772 municípios de sete estados, entre Rondônia, Acre, Amazonas, Pará, Amapá, Tocantins, Mato Grosso e Maranhão.

Os resultados do Censo mostram que, na Amazônia Legal, residem 26 milhões de pessoas, das quais 17,3 milhões (65,2%) se declararam pardas, 5,9 milhões (22,3%) brancas, 2,6 milhões pretas (9,8%), 868 mil (3,26%) indígenas e 45 mil (0,17%) amarelas.

Infográfico mostra perímetro da Amazônia Legal, composta de 8 estados e parte do Maranhão — Foto: Guilherme Luiz/G1
Infográfico mostra perímetro da Amazônia Legal, composta de 8 estados e parte do Maranhão — Foto: Guilherme Luiz/G1

A Região apresenta concentração de pessoas brancas inferior ao percentual nacional, enquanto se destaca no número de população parada (20 pontos percentuais a mais) e de população indígena.

📈Outros dados do Censo 2022

 

Os dados do Censo 2022 começaram a ser divulgados em junho deste ano. Desde então, foi possível saber que:

  • O Brasil tem 203 milhões de habitantes, um número menor do que era estimado pelas projeções iniciais;
  • O país segue se tornando cada vez mais feminino e mais velho. A idade mediana do brasileiro passou de 29 anos (em 2010) para 35 anos (em 2022). Isso significa que metade da população tem até 35 anos, e a outra metade é mais velha que isso. E há cerca de 104,5 milhões de mulheres, 51,5% do total de brasileiros;
  • O Brasil tem 1,3 milhão de pessoas que se identificam como quilombolas (0,65% do total) – foi a primeira vez na História em que o Censo incluiu em seus questionários perguntas para identificar esse grupo;
  • O número de indígenas cresceu 89%, para 1,7 milhão, em relação ao Censo de 2010. Isso pode ser explicado pela mudança no mapeamento e na metodologia da pesquisa para os povos indígenas, que permitiu identificar mais pessoas.
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