Campinápolis é a cidade do estado com mais moradores sem banheiro em casa. Já em Sorriso a pesquisa apontou que todos os moradores tem um banheiro ou, pelo menos, um sanitário.
O Censo 2022 apontou que Mato Grosso tinha 28 mil pessoas vivendo sem banheiro ou sequer um sanitário. Em contrapartida, 91 mil mato-grossenses vivem em casas com quatro banheiros ou mais. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na sexta-feira (22).
Os números representam 0,8% e 2,51% da população mato-grossense de 3,6 milhões de habitantes. Os 98,5% que têm algum banheiro estão divididos assim:
- 1 banheiro: 60,2%
- 2 banheiros: 28,4%
- 3 banheiros: 7,3%
- 4 banheiros: 2,51%
Campinápolis, a 565 km de Cuiabá, é a cidade do estado que tem mais moradores sem banheiro em casa. São 7.045 pessoas que não têm um cômodo com vaso sanitário. Na sequência, estão Barra do Garças, com 3.757 moradores, e Brasnorte, com 1.202 pessoas vivendo nessas condições.
Em Cuiabá, entre os 646 mil moradores com domicílios permanentes ocupados, apenas 136 pessoas não têm um cômodo com vaso sanitário.
Já em Sorriso a pesquisa apontou que todos os moradores tem um banheiro ou, pelo menos, um sanitário.
Mato Grosso teve um avanço de 1,1% se comparado com o Censo de 2010. De acordo com a pesquisa, houve um avanço em todas as regiões. As maiores melhorias ocorreram nas regiões Norte e Nordeste, mas ambas ainda estavam, em 2022, em patamares inferiores ao que Sul, Sudeste e Centro-Oeste tinham em 2010.
Confira abaixo estava a situação de algumas cidades em Mato Grosso:
Cuiabá – 646.568 moradores com domicílios permanentes ocupados:
- 99.6% moradores com banheiro
- 136 não tinham banheiro ou sequer um sanitário
Várzea Grande – 298.978 moradores com domicílios permanentes ocupados:
- 99.6% moradores com banheiro
- 105 não tinham banheiro ou sequer um sanitário
Rondonópolis – 242.747 moradores com domicílios permanentes ocupados:
- 99.7% moradores com banheiro
- 394 não tinham banheiro ou sequer um sanitário
Chapada dos Guimarães – 18.911 moradores com domicílios permanentes ocupados:
- 99.1% moradores com banheiro
- 33 não tinham banheiro ou sequer um sanitário
Cáceres– 89.228 moradores com domicílios permanentes ocupados:
- 99.6% moradores com banheiro
- 26 não tinham banheiro ou sequer um sanitário
Sinop – 195.459 moradores com domicílios permanentes ocupados:
- 99.8% moradores com banheiro
- 8 não tinham banheiro ou sequer um sanitário
Sorriso – 110.143 moradores com domicílios permanentes ocupados:
- 99.9% moradores com banheiro
- Todos os moradores tem um banheiro ou, pelo menos, um sanitário
🚽 Rede de esgoto
De acordo com o IBGE, a soma de pessoas indígenas que não possuem uma rede de esgoto adequado em Mato Grosso é de 27,2 mil.
- Pardos são 0,05%% dos sem esgoto adequado
- Brancos são 0,02% dos sem esgoto adequado
- Amarelos são 0% dos sem esgoto adequado
- Pretos são 0,07% dos sem esgoto adequado
- Indígenas são 48,1% dos sem esgoto adequado
🚯Coleta de lixo
Em 2010, havia 17 municípios cuja coleta de lixo domiciliar – realizada por serviço de empresa ou por caçamba- era inferior a 50%.
Em 2022, o Censo registrou apenas 6 municípios nos quais havia menos de 50% de coleta de lixo nos domicílios: Novo Mundo (49,8%), Nossa Senhora do Livramento (48,3%),Vila Bela da Santíssima Trindade (47,4%), Barão de Melgaço (46,8%), Santa Terezinha (46,4%) e Rondolândia com (38,8%).
Outros dados do Censo 2022
As informações do Censo 2022 começaram a ser divulgadas em junho de 2023. Desde então, foi possível saber que:
- O Brasil tem 203 milhões de habitantes, número menor do que era estimado pelas projeções iniciais;
- O país segue se tornando cada vez mais feminino e mais velho. A idade mediana do brasileiro passou de 29 anos (em 2010) para 35 anos (em 2022). Isso significa que metade da população tem até 35 anos, e a outra metade é mais velha que isso. Há cerca de 104,5 milhões de mulheres, 51,5% do total de brasileiros;
- 1,3 milhão de pessoas se identificam como quilombolas (0,65% do total) – foi a primeira vez na História em que o Censo incluiu em seus questionários perguntas para identificar esse grupo;
- O número de indígenas cresceu 89%, para 1,7 milhão, em relação ao Censo de 2010. Isso pode ser explicado pela mudança no mapeamento e na metodologia da pesquisa para os povos indígenas, que permitiu identificar mais pessoas;
- Pela primeira vez, os brasileiros se declararam mais pardos que brancos, e a população preta cresceu.
- Também pela primeira vez, o instituto mapeou todas as coordenadas geográficas e os tipos de edificações que compõem os 111 milhões de endereços do país, e constatou que o Brasil tem mais templos religiosos do que hospitais e escolas juntos.
- Após 50 anos, o termo favela voltou a ser usado no Censo.