Ela conduzirá a corte nas eleições deste ano. Kássio Nunes tomou posse como vice e estará à frente da corte no pleito de 2026
A ministra Cármen Lúcia tomou posse, na noite desta segunda-feira (3/6), como presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Kássio Nunes tomou posse como vice-presidente. O ministro André Mendonça foi eleito pelo plenário do Supremo como integrante titular do TSE, ocupando a vaga deixada por Alexandre de Moraes, que atuou na presidencia do tribunal durante as últimas eleições.
Pelos próximos dois anos, a expectativa é de que a corte saia dos holofotes políticos e tenha uma gestão mais discreta.
Cármen optou por uma cerimônia enxuta, com 300 convidados e declinou da realização de um coquetel após o evento. Moraes, quando chegou ao comando da corte, realizou uma posse para 2 mil convidados. Ele e a esposa passaram horas recebendo os convidados em uma fila de cumprimentos. Na ocasião, o magistrado também reuniu quatro ex-presidentes, incluindo o atual chefe do Executivo, Luiz Inácio Lula da Silva.
A posse do ministro ocorreu durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro — que elegeu o tribunal como alvo de uma série de ataques que tinham como objetivo minar a credibilidade do sistema eleitoral. Moraes adotou um tom firme de combate à desinformação e de embates diretos com Bolsonaro, em torno das declarações sobre a confiança das urnas e da eleição de 2022.
O ministro Alexandre de Moraes, ao passar o cargo para Cármen Lúcia, lembrou que a magistrada foi a primeira mulher presidente do Supremo. “Não posso deixar a alegria e grande honra de passar o cargo para a ministra Carmen Lucia. Essa mineira que é fonte de inspiração, orgulho não só de sua família, mas de toda a área jurídica e sociedade brasileira. É a única mulher na história do Brasil a ser presidente do Tribunal Superior Eleitoral e do Conselho Nacional de Justiça”, Moraes.
Moraes lembrou também a atuação de Cármen em defesa da igualdade de gênero e contra qualquer ato discriminatório. “Histórica defensora do Estado democrático de direito, histórico defensora, sempre liderou a luta contra o preconceito, qualquer forma de discriminação. Foi e continuará sendo uma grande propulsora da participação das mulheres na política e no combate a fraude da cota de gênero”, completou o magistrado.
Na posse da ministra, compareceram autoridades dos Três Poderes, como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco e magistrados do Supremo Tribunal Federal (STF). A vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão, também esteve presente.