Candidato empurrado por baixo de portão no Enem tenta sonho de cursar educação física: ‘Espero um bom resultado’

O cuiabano Gustavo Silvio da Silva Neves contou que essa é a segunda vez que presta o Exame, e garante estar se preparando para um bom resultado. Gustavo pretende cursar Educação Física.

“Espero conseguir um bom resultado e estou estudando em casa! É o curso que eu mais me identifico. Quero poder ser um bom treinador, gosto muito”, ressaltou.

Segundo o jovem, o atraso no primeiro dia foi causado por uma confusão sobre o horário de prova e momento de pico no trânsito. Em Mato Grosso, os portões fecharam às 12h e as provas começaram às 12h30.

“Eu e um amigo estávamos discutindo sobre o horário que o portão fechava. Eu falava que fechava 12h e ele falando que fechava 13h. Depois, ele lembrou que era horário de Brasília e foi para a prova. Eu fiquei procurando motos por aplicativo, mas só consegui sair de casa às 11h40. Quando faltava cinco minutos eu falei ‘moço acelera a moto, que é Enem” , relembrou.

VIDEO:

Gustavo explicou ainda como foi o momento em que chegou em frente ao portão e conseguiu, por questão de segundos, participar do primeiro dia da prova.

“Eu saí correndo e o portão estava fechando. O pessoal começou a gritar, eu animei e pensei ‘Já estou aqui, vou passar por isso mesmo!’ e me joguei e aí uma moça me empurra!”, contou.

O candidato disse que ficou surpreso com a repercussão do vídeo sobre o “empurrão” e que não imaginava a proporção que a situação iria tomar. “Assim que eu saí da prova, o vídeo já estava no grupo do pessoal do meu trabalho e senti vergonha, porque não estava esperando que fosse viralizar” disse.

A professora que ajudou Gustavo a rolar por baixo do portão do local de prova, não conhecia o estudante. Kelina Pereira de Souza contou que no momento do “empurrão”, só pensava em ajudar. Após o ocorrido, voluntários e pessoas que estavam na porta da universidade comemoraram a entrada do candidato que, por questão de segundos, participou do primeiro dia da prova (assista acima).

“Esse menino veio correndo e nós falamos ‘Vambora!’. Ele abaixou, a gente pediu pro pessoal segurar o portão, o menino se jogou e eu e um amigo meu empurramos ele. Dá uma sensação de alívio, porque o Enem é uma vez por ano e se ele perdesse, estaria desclassificado”, explicou.

Keline disse que não conhecia o aluno até aquele momento. “Não conheço ele e inclusive quero conhecê-lo! No calor do momento, a gente só queria que ele passasse pelo portão e fizesse a prova”, lembrou.