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Cães que morreram sufocados dentro de carro de pet shop eram a única companhia de tutora em Cuiabá: ‘minha vida’

A tutora das cadelas que morreram sufocadas após serem esquecidas dentro do carro particular de um pet shop, Cláudia Castro, disse que Liz e Inês eram a única companhia dela em Cuiabá e que ainda está muito abatida com a situação, que ocorreu na terça-feira (2), na capital.

“Moravam só nós três, eu pedia sempre para [funcionários do pet shop] cuidarem dela. Desde que elas não voltaram para casa, não como e nem durmo. Não acredito que isso aconteceu. As duas eram a minha vida, eram meus amores”, disse.

Cláudia disse que não sabe como vai se recuperar após a tragédia e que não está conseguindo dormir e nem se alimentar, por não acreditar na morte das cachorras.

“Sentia que elas morreriam, mas não sabia que era assim. Eu dizia para o proprietário que tinha medo que isso acontecesse comigo ou de cachorros grandes atacarem elas por serem pequenas. Tem horas que penso que não aconteceu, não sei como vou me recuperar ainda, não consigo raciocinar”, contou.

O que diz o outro lado

 

O pet shop confirmou que os cachorros  morreram por falta de oxigênio após serem esquecidos por aproximadamente meia hora dentro do veículo. Segundo a empresa, a equipe tentou reanimá-los com massagens cardíacas, mas eles não resistiram.

“Tentamos fazer todos os procedimentos, mas a gente não conseguiu. Então fomos ao trabalho da Cláudia e estamos à disposição para oferecer todo o apoio nesse momento de dor”, explicou um dos proprietários.

 

Tutora disse que Liz e Inês eram a única companhia dela — Foto: Arquivo pessoal

Entenda o caso

 

No dia que as cadelas da raça maltês morreram sufocadas, a tutora disse que as deixou no pet shop pela manhã para tomarem banho e, no início da tarde, recebeu a notícia de que elas estavam mortas.

No mesmo dia da morte, o pet shop se pronunciou e disse ter esquecido os animais no veículo durante o horário do almoço.

Antes da empresa se pronunciar, a tutora disse que ligou no estabelecimento várias vezes, entre 9h e 12h, para pedir notícias dos animais. Segundo Cláudia, em todas as ligações os funcionários sempre a tranquilizavam.

O Noroeste

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