O presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho, afirmou que está decidido a sair do União Brasil caso o partido leve em consideração somente a vontade do governador Mauro Mendes para definir quem disputará a Prefeitura de Cuiabá em 2024.
Em coletiva à imprensa nesta quarta-feira (23), Botelho disse que não tem intenção de permanecer em um partido em que “não há democracia”.
“A única pessoa que me procurou para conversar foi o Mauro Carvalho. Fora ele, ninguém veio conversar comigo ou falou sobre o assunto”, disse o parlamentar.
“Então, vou propor para o partido uma conversa no início de setembro e se manter a tendência que está, de não ter uma regra clara ou só manter a vontade pessoal do governador, eu realmente vou sair”, acrescentou.
Mendes, que atualmente é presidente estadual do União Brasil, já afirmou à imprensa ter fechado compromisso com a pré-candidatura do chefe da Casa Civil, Fábio Garcia, para a disputa da Prefeitura.
A decisão inviabiliza que Botelho possa concorrer ao pleito pelo partido.
“Isso está definido, não vou ficar. Posso até trabalhar a minha candidatura em outros lados. O governador sabe disso, estou aguardando uma conversa com ele”, disse.
“Se criar oportunidade para todos no partido beleza, mas se ficar do jeito que está se encaminhando eu não tenho interesse nenhum em ficar em um grupo que não há democracia e oportunidade para todos. Para mim não serve”, afirmou.
Apesar da crítica, o deputado afirmou não querer criar inimizade com o União Brasil e nem com o governador. Para Botelho, é necessário que o futuro gestor da Capital tenha uma boa relação com os Poderes.
“Pretendo sair de forma amigável, para que continue na base e continue com a amizade com o governador. É isso que estou buscando, porque brigas eleitorais não fazem parte do dia a dia da administração”, disse.
“Porém, temos 15 meses ainda. Podemos caminhar com tranquilidade, não precisamos ir afoitos, acredito que até outubro ou novembro a gente defina”, afirmou.
Nova sigla
Botelho confirmou que tem estreitado laços com a direção do PSD e afirmou que a tendência é se filiar à sigla caso fique definida a sua saída do União Brasil.
De acordo com ele, a predileção se deve ao fato da direção do PSD ter demonstrado maior interesse em sua candidatura a prefeito.
“Quem tem demonstrado mais interesse na minha ida é o PSD. Aí, você vai para onde? Para quem tem mais interesse. Já me colocaram para falar com o presidente nacional do partido [Gilberto Kassab] três vezes”, explicou ele.
“Já vieram aqui umas cinco vezes se colocando à disposição. Então, a tendência é ir para quem tem mais interesse”, completou.
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