O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Eduardo Botelho (União), defendeu que o governo do Estado faça uma nova licitação para definir qual empresa deverá operar o Ônibus de Rápido Transporte (BRT) em Cuiabá e Várzea Grande. Os vagões do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) foram vendidos na semana passada e o montante será destinado à obra do modal.
A declaração ocorre após o deputado federal e pré-candidato a prefeito de Cuiabá, Abílio Brunini (PL), questionar a decisão do governador Mauro Mendes (União) em não realizar licitação e entregar os ônibus, que serão comprados para o modal, para as atuais empresas que atuam no transporte coletivo de Cuiabá e Várzea Grande.
“Eu defendo que seja licitada. Que faça uma nova licitação para não haver qualquer pré-julgamento. Ademais, é falácia e eu não vou ficar discutindo coisas que não tem sentido. Inclusive, não está ainda decidido. Pela informação que temos, que o secretário nos passou, eles estão focados nas obras, depois irão comprar os ônibus e só depois entra na questão da operação. Mas eu, antecipadamente, já defendo que se faça uma licitação nova”, disse nesta quarta-feira (26).
Abílio, que será adversário de Botelho nas eleições deste ano em Cuiabá, afirma que a empresa favorecida com a não realização de licitação para a concessão será a do empresário Rômulo Botelho, irmão do deputado estadual. Para Botelho, as declarações de Abílio são maldosas, já que ainda não foi definido pelo governo como será a concessão.
“Se tivesse definido eu poderia dizer, mas não tem. Segundo informação do secretário, ainda não definiram nem o modelo exato do ônibus a ser comprado”, completou.
De acordo com a licitação do BRT, o Estado será o responsável pela compra de 56 ônibus elétricos “para que as empresas operadoras promovam a operação dos serviços do BRT quando a sua infraestrutura estiver concluída”.
Recentemente, o governo do Estado conseguiu vender os vagões do extinto VLT ao Estado da Bahia por R$ 793,7 milhões, em 4 parcelas anuais. Além dos R$ 468 milhões da obra do novo modal, a previsão é que o governo desembolse cerca de R$ 250 milhões para a compra de 56 ônibus elétricos para o BRT, que terá um custo total previsto em R$ 700 milhões.
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