O deputado estadual Eduardo Botelho (União Brasil) revelou que o presidente do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente), Rodrigo Agostinho, não assegurou a aprovação nem estabeleceu um prazo para a eventual autorização da obra planejada para conter os deslizamentos no Portão do Inferno.
A iniciativa precisa receber a autorização do órgão federal antes de ser realizada no ponto turístico da MT-251, que está sofrendo com deslizamentos de rocha, principalmente gerado em época de chuva. Botelho participou de uma comitiva que foi a Brasília solicitar celeridade na avaliação, mas percebeu que a resposta não correspondeu às expectativas do grupo.
“Saí de lá preocupado, porque o presidente do Ibama não garantiu um tempo e nem a aprovação. Vamos aprovar esse projeto? Tudo bem, vamos aguardar com tranquilidade. Se não aprovar, temos que procurar outro plano. Então temos que tomar essa decisão o mais rápido possível. Isso que é a nossa grande preocupação: se vai ou não aprovar esse projeto que apresentamos lá”, explicou.
Em 28 de março, o Governo do Estado assinou um contrato de R$ 29 milhões com a empresa Engenharia Lotufo Ltda. para realizar a obra que visa solucionar os deslizamentos. O projeto estabelece um prazo de 120 dias para a remoção completa do maciço do Portão do Inferno através de uma técnica de “retaludamento” da encosta.
Conforme noticiado pelo Portal O Documento, Agostinho não deu um parecer contundente em relação ao projeto que prevê “nivelar” a rocha da região do Portão do Inferno. Em vídeo ao lado do governador Mauro Mendes, ele assegurou apenas analisar o pedido com “seriedade”.
Botelho revelou que designou o deputado petista Valdir Barranco para exigir uma resposta do Ibama. Segundo ele, Barranco mantém boas relações com os representantes do instituto, o que facilita a comunicação – além de ser do mesmo partido do presidente Lula (PT).
“Designamos o deputado Valdir Barranco, que é amigo do presidente, conhece todos do Ibama, para que ele fique toda semana cobrando uma posição para que decidam logo, porque senão isso pode enrolar muito e nós queremos uma definição”, concluiu.